Morto no Paquistão em 2011, Osama foi mentor do atentado de setembro de 2001, que deixou cerca de três mil mortos nos Estados Unidos.
Alia Ghanem, mãe do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, se pronunciou pela primeira vez desde os ataques de 11 de setembro em entrevista publicada nesta sexta-feira (3/8) pelo jornal britânico The Guardian.
Para Ghanem, 70 anos, o terrorista é um filho querido que de alguma forma perdeu seu caminho. “Osama era muito correto, muito bom na escola, um bom menino e me amava muito”, diz.
Morto no Paquistão em 2011, Osama foi mentor do atentado de setembro de 2001, que deixou cerca de três mil mortos nos Estados Unidos.
Alia nasceu de uma família de alauitas, desdobramento do islamismo xiita, no litoral da Síria. Mudou-se para a Arábia Saudita nos anos 50, onde Osama nasceu sete anos depois.
Divorciando-se de seu primeiro marido, Alia casou-se novamente com Al-Atlas, administrador do império Bin Laden quando Osama tinha três anos de idade, e deu à luz a mais duas crianças. Para ela foi uma surpresa quando seu filho se tornou um jihadista.
“Ficamos muito chateados, eu não queria que nada disso acontecesse”, afirmou ela.
A radicalização de Osama começou nos anos 70, enquanto estudava economia na Universidade King Abdulaziz, aos 20 anos, em Jeddah. Alia disse que Osama agia sob influências de outras pessoas.
“Podemos chamar de culto. Ele era uma pessoa muito boa até conhecer algumas pessoas que praticamente fizeram lavagem cerebral nele. Podemos chamar de culto. Eles conseguiram dinheiro para a causa deles. Eu sempre dizia para ele ficar longe disso, mas ele nunca admitiu para mim o que estava fazendo”, avaliou a mãe do terrorista.
A família Bin Laden continua sendo influente e respeitada na Arábia a Saudita e perdeu o contato com Osama em 1999.
Foto: Divulgação
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