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Lula na ONU: ‘Desigualdade está na raiz dos problemas globais’

Um dos pontos centrais do discurso de Lula foi a crítica à desigualdade entre ricos e pobres.
Photo by TIMOTHY A. CLARY / AFP

O presidente Luis Inácio Lula da Silva abriu hoje a Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA). Em seu discurso, ele relembrou que há 20 anos fez seu primeiro discurso nas Nações Unidas. “Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade”, disse o presidente.

Um dos pontos centrais do discurso de Lula foi a crítica à desigualdade entre ricos e pobres. “A desigualdade precisa inspirar indignação. Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano. Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo ao nosso redor”, afirmou.

Lula ainda criticou economias baseadas no neoliberalismo. “Governos precisam romper com a dissonância entre a voz dos mercados e voz das ruas. O legado do neoliberalismo é uma massa de excluídos. Em meio aos escombros do neoliberalismo, surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas”, disse.

Em seu discurso, Lula também ressaltou a urgência do combate à fome. “Milhões de seres humanos vão dormir hoje à noite sem saber se vão ter o que comer amanhã”, falou o presidente. Ele citou racismo, intolerância e xenofobia como alguns dos desafios a serem superados pelas nações.

Agenda em NY

Na manhã dessa segunda-feira (18), Lula teve encontros com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e com o com o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset. No domingo (17), um dia após chegar a Nova York, o presidente participou de reunião com empresários e de um jantar oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

Amanhã (20), o presidente vai se reunir com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O encontro foi confirmado pelo Palácio do Planalto e deverá ocorrer na parte da tarde, mas o horário exato ainda não foi informado. A reunião bilateral será a primeira entre os dois líderes desde que Lula assumiu o mandato. O Brasil é um dos países, como a Índia e a China, que vem proclamando publicamente uma postura de neutralidade na guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Por isso, havia uma expectativa do encontro entre Lula e Zelensky desde maio deste ano, quando ambos participaram da Cúpula do G7, no Japão, o que acabou não ocorrendo.

No mesmo dia do encontro com Zelensky, Lula será recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em evento que já estava previsto há algumas semanas. Os mandatários vão lançar uma iniciativa global para promoção do trabalho decente.
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