Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para reforçar um dos pontos de seu discurso como pré-candidato à Presidência da República. O nome do Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições prometeu combater o que chama de ‘empregos de aplicativos’, em defesa do velho modelo trabalhista de carteira assinada.
“Nosso povo vai voltar a trabalhar, voltar a ter carteira de trabalho assinada”, manifestou Lula, por meio de sua conta no Twitter.
“Se quiser ser empreendedor, vai ganhar crédito para montar seu negócio. Esse país não quer eternizar empregos de aplicativos que as pessoas não conhecem o patrão, não tem direito à férias.”
Mesmo conceitualmente controverso, o trabalho por aplicativo vem proporcionando a milhares de pessoas a participação no mercado, inclusive absorvendo contingentes sem emprego formal.
O tema do trabalho vinculado a aplicativos, como nas atividades de motoristas ou entregadores de produtos, tem aparecido com frequência nos discursos recentes de Lula. Em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, no fim de abril, o petista criticou a reforma trabalhista executada durante o governo de Michel Temer (MDB) e usou o termo ‘escravo’ para se referir a novos modelos do mercado.
“É importante lembrar o que aconteceu depois de Temer. Ele acabou com os direitos dos trabalhadores dizendo que ia gerar emprego. Cadê o emprego? Ele acha que trabalho intermitente é emprego? Ele acha que o serviço de entregar comida de aplicativo é emprego? Onde estão as férias, o descanso semanal remunerado, a seguridade social que o trabalhador não tem? O trabalhador voltou quase a ser escravo”, declarou.
Em ritmo de pré-campanha, Lula já se contradisse algumas vezes sobre a reforma trabalhista. Inicialmente o petista acenou com a possibilidade de revogação. Mas, depois de repercussão negativa, o ex-presidente vem falando em revisão do modelo atualmente em vigor.
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