Em Pauta nas redes sociais

Buscar no portal...

Manaus,

Economia

Lábrea e Boca do Acre lideram no efetivo de bovinos no Amazonas

A Região Norte teve um crescimento de 2,4%, alcançando 64,5 milhões de bovinos (27,1% do efetivo nacional)
gado-foto-tchelo-figueiredo-secom-mato-grosso
Foto: Tchélo Figueiredo/Secom-MT

O Amazonas tinha 2,6 milhões de bovinos em 2024. É o que aponta a Pesquisa Pecuária Municipal de 2024 (PPM 2024). O total representa 1,09% do total do efetivo nacional de bovinos, no período de referência, que era de 238,2 milhões de cabeças. Em 51 anos da pesquisa, foi a primeira vez que o estado ultrapassou 2,5 milhões de cabeças.

A Região Norte teve um crescimento de 2,4%, alcançando 64,5 milhões de bovinos (27,1% do efetivo nacional).

Os municípios amazonenses com maior número de bovinos, no estado foram Lábrea (693.964 cabeças), Boca do Acre (488.474 cabeças) e Apuí (306.409 cabeças). O menor quantitativo identificado estava em Atalaia do Norte (50 cabeças), Barcelos (65 cabeças) e Santa Isabel do Rio Negro (82 cabeças). Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2024, divulgada hoje,18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Produção Municipal

Na série histórica de 51 anos da Pesquisa da Pecuária Municipal, em 2024, foi a primeira vez que o Amazonas ultrapassou a casa dos 2,5 milhões de bovinos. Lábrea é município com maior plantel (693.964); Boca do Acre apareceu na segunda posição (488.474); e Apuí e Manicoré na terceira e quarta posição.

A PPM fornece dados sobre os principais efetivos da pecuária existentes nos Municípios (galináceos, galinhas, bovinos, suínos, ovinos, codornas, caprinos, equinos, matrizes de suínos e bubalinos), além de informações sobre os seis produtos gerados pela pecuária (leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel de abelha, lã e casulos de bicho-da-seda).

Os dados são obtidos pela Rede de Coleta do IBGE, mediante consulta a entidades públicas e privadas, produtores, técnicos e órgãos ligados direta ou indiretamente à produção, comercialização, industrialização, fiscalização, fomento e assistência técnica agropecuária.

Produção de leite e ordenha de vacas 

O Amazonas produziu 58,6 milhões de litros de leite, em 2024. Os maiores produtores foram Autazes (10,5 milhões de litros), Boca do Acre (9,9 milhões de litros) e Careiro da Várzea (8 milhões de litros). As menores produções foram de Juruá (5 mil litros), Uarini (5 mil litros e Maraã (12 mil litros).

Ao todo foram ordenhadas, no estado, 95.330 cabeças. O total de ordenha representa 0,63% do total de vacas ordenhadas no país (15,1 milhões) A produção de leite no Amazonas foi de 58 ,6 milhões de litros e no país a produção foi de 35,7 bilhões de litros de leite.

Na Região Norte foram ordenhadas 1,8 milhões de vacas e produzidos 1,7 bilhões de litros de leite.

Maior efetivo da Pecuária, no Amazonas, foi de galináceos

O efetivo de galináceos (5,5 milhões) foi o maior do Amazonas na série de 51 anos da pesquisa. Em seguida se destacaram os efetivos de galinhas destinadas à produção de ovos (3,8 milhões), de bovino (2,6 milhões), de bubalino (152.721 cabeças), de suíno (82.009 cabeças), de equino (49.889 cabeças), de ovinos (4,3.723 cabeças), de codornas (35.775 cabeças), de matrizes de suínos (17.843 cabeças) e de caprinos (17.059 cabeças).

No estado, os maiores rebanhos de galináceos estavam em Manaus (2,8 milhões), Manacapuru (752.927) e Iranduba (480.142). Os menores produtores foram Uarini (910 cabeças), Caapiranga (1.200 cabeças) e Itamarati (1.304 cabeças).

Os galináceos têm maior produção nos municípios da Região Metropolitana que estão no entorno de Manaus, que é o grande consumidor. Por isso, o próprio município da capital lidera o ranking estadual, seguido de Manacapuru, Iranduba e Rio Preto da Eva.

Na Região Norte o efetivo de galináceos, no mesmo período, foi de 51,5 milhões e no país somou 1,6 bilhão.

Galináceos se refere ao grupo de aves do qual a galinha doméstica faz parte e inclui outras espécies como perus, faisões etc. O efetivo só de galinhas domésticas, em 2024, no estado foi de 3,8 milhões.

Bubalinos

O quarto maior efetivo da produção animal, no Amazonas, foi o de bubalinos. Ano passado o efetivo somou 152.721 cabeças. Os maiores efetivos foram dos municípios de Autazes (49.020 cabeças), Itacoatiara (28.366 cabeças) e Careiro da Várzea (13.627 cabeças). Os menores rebanhos estavam nos Municípios de Anori (10 cabeças), Envira (10 cabeças) e Santa Isabel do Rio Negro (20 cabeças).

Suínos

O rebanho que ocupou a quinta posição entre o efetivo de rebanho animal, no Amazonas, foi o de suínos com um total de 82.009 cabeças. Os maiores efetivos foram identificados em Envira (7.469 cabeças), Apuí (5.520 cabeças) e Eirunepé (4.560 cabeças). Já os menores efetivos de suínos aparecem em Atalaia do Norte (34 cabeças), Barcelos (65 cabeças) e Benjamin Constant (66 cabeças).

O número de matrizes de suínos ficou em 17.843 cabeças, no estado, aumentando em 1.498 cabeças em relação a 2023.

O total de matrizes suínas, no Amazonas, representa 0,4% do efetivo nacional, no ano passado (4.974.786 cabeças), e 7,9% do efetivo da Região Norte (227.034 cabeças).

Caprinos e ovinos

Em 2024, a Região Norte (3,6% para caprinos e 7,3% para ovinos) foi a segunda que apresentou crescimento nos rebanhos de caprinos e ovinos, ficando atrás apenas da Nordeste (3,5% para ambos os efetivos).

No Amazonas, o rebanho de caprino somou 17.059 cabeças, ano passado, e o de ovinos 43.723 cabeças.

Os maiores rebanhos de caprinos estavam em Parintins (2.475 cabeças), Autazes (1.553 cabeças) e Nhamundá (1.365 cabeças).

Os maiores rebanhos de ovinos aparecem, segundo a PPM, foram de Boca do Acre (4.638 cabeças), Parintins (4.250 cabeças) e Apuí (3.445 cabeças).

Produtos de origem animal

Ovos

Em 2024, ocorreu crescimento na produção de ovos de galinha em 24 das 27 Unidades da Federação. A maior produção do Amazonas, em 2024, foi de ovos de galinha (72.631 milhões de dúzias). Na comparação com o ano anterior (62.195 milhões de dúzias) houve aumento em 10.436 milhões de dúzias. Na série histórica de 51 anos da pesquisa, foi a segunda maior produção, perdendo apenas para 2021, quando foram produzidas 79.460 milhões dúzias. A produção do estado, representa 1,3% da produção nacional (5.409.429 milhões de dúzias) e 32,7% da produção da Região Norte (222.166 milhões de dúzias).

Os municípios que mais produziram ovos de galinhas, ano passado, no Amazonas, foram Manaus (40,6 milhões de dúzias), Manacapuru (11,3 milhões de dúzias) e Iranduba (5,8 milhões de dúzias. As menores produções foram de Uarini (6 mil dúzias), Alvarães (10 mil dúzias) e Caapiranga (12 mil dúzias).

O valor da produção de ovos no Amazonas, em 2024, somou R$552,4 milhões. Na Região Norte foi de R$1,6 bilhão e no país de R$31,9 bilhões.

Ovos de codorna

A produção de ovos de codorna, no estado, ano passado, ficou em 635 mil dúzias. O resultado representa 0,25% da produção do país (258.752 milhões de dúzias) e 40,9% da produção da Região Norte (1.6 milhão de dúzias).

Os maiores produtores do estado foram Manaus (210 mil dúzias), Manacapuru (125 mil dúzias) e Iranduba (125 mil dúzias.

O valor de produção dos ovos de codorna ano passado, no Amazonas, foi de R$1,9 milhão; na Região Norte de R$4,6 milhões e no país de R$600,7 milhões.

Mel

O Amazonas produziu, em 2024, 67.267 kg de mel, gerando um valor de produção de R$4,4 milhões de reais. Ano passado, ocorreu produção de mel em 4.137 municípios do país. A pesquisa identificou produção em 38 municípios do Amazonas. As maiores produções foram de Boa Vista do Ramos (21.248kg), Manaus (8.500 kg) e Humaitá (5.635 kg). A menor produção foi de São Paulo de Olivença (45 kg), Amaturá (50 kg) e Canutama (50kg).

Aquicultura

A análise da produção da aquicultura no Estado do Amazonas, em 2024, por tipo de produto, revela que o tambaqui foi o principal produto, com uma produção de 8.539.592 quilogramas. Outros produtos significativos incluem matrinxã (2.888.770 quilogramas), pirapitinga (265.390 quilogramas) e pirarucu (207.202 quilogramas). Juntos, esses produtos representam a maior parte da produção aquícola do estado, com outras espécies como curimatã, piau, contribuindo com volumes menores.

Na produção de tambaqui, o Amazonas ocupa uma posição intermediaria no país. Mas em nível municipal, Manacapuru liderou a produção em 2024 com 1,9 milhão de quilos, seguido por Rio Preto da Eva (1.5 milhão). Outros municípios de destaque no estado são Iranduba, Manaus e Presidente Figueiredo. A grande maioria no entorno da capital, que por ser o maior consumidor, concentra a maior produção.

Rondônia, ano passado, liderou, com ampla vantagem, a produção de tambaqui, alcançando 52,9 milhões de quilos; seguido por Roraima, em segundo lugar, com 12,9 milhões; e Maranhão, em terceiro, com 11,7 milhões. Na quarta posição apareceu o Pará, com 9,9 milhões; ficando à frente do Amazonas, que ocupou o quinto lugar, com 8,5 milhões. Tocantins ocupou a sexta colocação, com 7,3 milhões. Em seguida, Mato Grosso ficou na sétima posição, com 4,9 milhões; Piauí, em oitavo, com 3,8 milhões; e Alagoas, em nono, com 3,3 milhões. Bahia, no ranking dos dez maiores produtores, ocupou a décima posição, com 1,4 milhão de quilos.

Clique para comentar

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *