De acordo com o estudo CEO Outlook 2021 – recorte Oriente Médio, que inclui os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, 83% dos líderes empresariais pretendem fazer negócios nos próximos três anos para impulsionar a lucratividade e o crescimento de longo prazo, ao mesmo tempo em que reconhecem os deveres das organizações que comandam com o planeta e com as pessoas. O recorte da pesquisa contou com a participação de 75 executivos, sendo 50 da Arábia Saudita e 25 dos Emirados Árabes Unidos.
Quando comparamos os dados do Oriente Médio com o recorte do Brasil do mesmo estudo, e que contou com a participação de 50 CEOs brasileiros, uma porcentagem semelhante de executivos (82%) afirma estar confiante com o crescimento da economia nacional nos próximos três anos graças à vacinação em massa. No entanto, quanto às perspectivas de fusões e aquisições, os líderes empresariais do Brasil não parecem estar ansiosos por essas operações no futuro, mas 30% dos entrevistados concordam com as uniões estratégicas com terceiros como uma das melhores opções para expandir os negócios.
“As empresas dos Emirados Árabes Unidos estão ativas e realizando operações de fusões e aquisições no Brasil. Isso demostra o interesse que elas têm por esse tipo de operação para alavancar os negócios. Como se verifica em diversas áreas, atividades e relações multilaterais, há potencial de aumento nos investimentos e no comércio entre Brasil e Oriente Médio. Os números brasileiros demonstram que as alianças estratégicas devem ser estimuladas e isso classifica como positiva a perspectiva de crescimento entre os dois blocos”, destaca o sócio-líder do Desk Oriente Médio da KPMG no Brasil, Francisco Clemente.
Entre os líderes do Oriente Médio escutados na pesquisa, apenas 38,6% deles afirmam que terão possíveis dificuldades para atender às expectativas de diversidade e inclusão. No que diz respeito aos retornos aos escritórios e na volta ao normal após a crise sanitária, o estudo ressalta que os CEOs de ambos os países estão reconhecendo a demanda dos funcionários por flexibilidade contínua. Dos 75 CEOs, 30,6% afirmaram que terão a maioria dos funcionários trabalhando remotamente pelo menos dois dias por semana em decorrência do estabelecido pela pandemia da covid-19.
No Brasil, os executivos compreendem que cada vez haverá mais pressão para que a diversidade racial, étnica e de gênero, além de quaisquer tipos de inclusão, em suas empresas sejam respeitadas e que eles — como chefes de organização — terão um papel fundamental para lidar com isso. Quanto às possibilidades de trabalho remoto, uma pequena parte dos CEOs brasileiros (16%) já diminuíram a presença física nas companhias e apenas 26% dos 50 pretendem contratar funcionários diretamente para o home office.
“Os líderes empresariais do Oriente Médio precisam se adequar às mudanças em massa para um modelo operacional que funcione no futuro tanto para empregadores quanto para funcionários. Já os entrevistados brasileiros não vislumbram uma realidade completamente fora dos escritórios para seus funcionários. Apesar disso, os CEOs do Brasil também estão propensos às flexibilizações dos horários para um balanço entre vida pessoal e profissional, considerando, então, o trabalho remoto em alguns dias da semana”, conclui Clemente.
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