As companheiras de Pietra Medeiros, jogadora da equipe de futsal feminino de Taboão da Serra, descobriram sua morte ainda em quadra e entraram em choque, na última sexta-feira (19), em partida contra o Unochapecó, em Santa Catarina, pela Liga Feminina de Futsal.
A transmissão oficial mostrou todas chorando e se lamentando pelo caso. Pelas redes sociais, a equipe solicitou que as jogadoras não fossem julgadas por suas reações.
“Nós sabemos que o vídeo é impactante, que aquele talvez não fosse o momento, porém para esclarecer não foi preciso falar sobre o falecimento da nossa querida Pietra, a comunicação foi no olhar. Imediatamente após o término da partida a primeira pergunta de todas foi “E a Pietra???” “Notícia???”, citam.
“Não foi preciso responder, o olhar triste disse tudo. A cabeça baixa da nossa supervisora, que segurou a notícia bravamente, por horas, sozinha, respeitando o pedido da família, foi o suficiente para que todos entendessem que a Pi tinha nos deixado”, continuam.
A atleta de 20 anos estava internada em um hospital de São Paulo desde o começo do mês. No dia 17 ela passou por um transplante de fígado. O óbito ocorreu em decorrência de complicação de uma hepatite autoimune.
Sobre a hepatite autoimune
A hepatite autoimune ocorre quando há inflamação crônica do fígado, que acontece devido a alterações do sistema imunológico.
Nesta doença, o próprio sistema imune passa a reconhecer as células do corpo como “estranhas” e as ataca — provocando diminuição do funcionamento do fígado e levando ao aparecimento de sintomas como dor abdominal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, No Brasil, a doença é responsável por 5-19% das doenças hepáticas dos principais centros, e tem menos de 5% dos pacientes em lista de transplante.
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