O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, subiu 0,28% em agosto, após apresentar uma variação negativa no mês anterior, com deflação de 0,07%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (25).
O resultado veio acima do esperado pelo mercado, que calculava um aumento de 0,17% para o período, segundo estimativas da Reuters. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O comparativo anual também veio acima das projeções do mercado, de alta de 4,13%.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto. A maior influência para o desempenho foi do grupo Habitação (1,08%), que contribuiu com um aumento de 0,16 p.p. no resultado do mês.
Em seguida, Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%) exerceram impacto no índice geral de de 0,11 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.
Também registraram variação positiva no mês os grupos Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).
Dentro de Habitação, o maior impacto veio da alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 p.p.), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste a partir de 19 de junho; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste foi aplicado a partir de 4 de julho.
A alta da taxa de água e esgoto (0,20%) também pesou para o aumento do grupo.
A alta em Saúde e cuidados pessoais (0,81%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto.
Já em Educação (0,71%), os cursos regulares subiram 0,74% principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%).
Alívio nos alimentos
O grupo de Alimentação e bebidas (-0,65%) teve a queda influenciada, principalmente, pela deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois últimos meses.
Além disso, a alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), em virtude da desaceleração do lanche (1,02% em julho para 0,14% em agosto). Já a refeição (0,35%) acelerou na comparação com o resultado de julho (0,17%).
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