Incertezas sempre mexem com o mercado financeiro, e as sanções que os países têm feito à Rússia elevaram consideravelmente os preços das commodities. O investidor que busca segurança tem se voltado para os títulos públicos, a segurança do dólar e do ouro. Mas como fica o mercado brasileiro?
Os mercados no mundo todo são muito ligados e acabam refletindo um no outro, por isso não teria como o Brasil não ser afetado pelo cenário de instabilidades causado pela guerra. Os analistas têm recomendado ao investidor que, dependendo do perfil, invista em empresas que não tenham ligação política, no setor financeiro e nas commodities.
Já quando o assunto é o impacto no investidor de acordo com o perfil de investimento (conservador, moderado, arrojado) o cenário é o seguinte: o investidor conservador tem conseguido taxas de juros mais altas para investir seu dinheiro em renda fixa no mundo todo, não só aqui no Brasil. A inflação em todo o globo está aumentando, sendo que o conflito entre Rússia e Ucrânia pressiona ainda mais. O conservador tem se voltado para as rendas fixas soberanas (títulos públicos nacionais e internacionais) e para o ouro. No caso do investidor mais arrojado, as BDR’S e as commodities têm sido uma aposta, assim como as criptomoedas.
Todavia, independente do perfil, é importante destacar que, quando o investidor está bem assessorado e seus investimentos estão de acordo com seu perfil (o que demanda orientação e acompanhamento de um assessor de investimento da sua confiança), existem oportunidades independente do momento de mercado, mesmo com os impactos negativos que uma guerra traz. Pensar no longo prazo e diversificar serve para todos os momentos e contar com um especialista que consiga realizar análises em tempo real e de forma inteligente faz toda a diferença.
E como ficam as ações? Quais empresas tiveram melhor e pior desempenho? Quando o conflito entre Rússia e Ucrânia começou, as bolsas do mercado do mundo inteiro caíram, principalmente na Europa, que acaba sendo diretamente afetada. Setores como commodities foram alavancados, principalmente o petróleo.
Praticamente metade das empresas da bolsa brasileira são commodities, e para as empresas deste setor, em linhas gerais, o impacto foi positivo, por causa da escassez. No mercado agro, o preço dos grãos já sofre impacto, soja, milho e trigo, por exemplo, estão subindo de preço no mercado a vista e no mercado futuro.
Vale ressaltar que o mercado de commodities no Brasil é bastante desenvolvido e o Brasil pode ser substituto da Rússia no fornecimento para países que cortaram as relações comerciais. O dólar também tem se fortalecido. É necessário acompanhar tudo de perto, pois conforme o conflito se agrava, vários setores podem ser atingidos. Diversificar e acompanhar, pensar a longo prazo, e entender que a carteira sempre precisa de ajustes é o caminho mais recomendável.
Mas existem oportunidades para o momento? No Brasil as rendas fixas continuam ganhando força devido à inflação e taxa de juros, investimentos internacionais como as BDR’s. Como todo o mercado recuou com o início do conflito, os preços dos ativos em linhas gerais têm bom ponto de entrada. As commodities, que são a força brasileira, estão sendo alavancadas. O conselho é diversificar sempre.
Mas, em um momento tão turbulento, pensando em quem investe, o que pode ser importante fazer nesse momento de estratégia e aplicação de ativos (tanto para proteger o dinheiro quanto para não atrapalhar os ganhos)? Eu te digo: Diversificar e ter acompanhamento profissional.
Nas BDRs, por exemplo, é importante contar com parceiros que promovam uma carteira administrada e que disponham de uma equipe de analistas dedicada e que gere resultados interessantes. Não dá para o investidor comum acompanhar o mercado tão de perto a ponto de fazer as alterações necessárias a tempo, sejam vendas ou compras de ativos no exterior. A carteira administrada muda de maneira automática, e deixa o investidor tranquilo que está sendo bem orientado.
*Ale Boiani é CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup, fundado há 11 anos e que tem cinco linhas diferentes de negócios nas áreas de seguros, finanças, investimentos e planejamento patrimonial, sucessório, tributário e fiscal. Com a profissional, que possui experiência de mais de 20 anos na área na linha de frente, a companhia soma 1,3 bilhão sob administração e mais de 2.500 pessoas capacitadas.
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