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Ibama libera nova área, mas estatal quer foz do Amazonas

O Ibama agora segue analisando a solicitação de reconsideração para o caso da licença da Foz do Amazonas.
Foto: Reuters

Depois de a Petrobras (BVMF:PETR4) receber, na sexta-feira, 29, a primeira licença ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para buscar petróleo em dois blocos da chamada Margem Equatorial (BVMF:EQTL3) que ficam na Bacia Potiguar – no litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará -, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse nesta segunda, 2, que a liberação para a perfuração contemplou os pontos “mais conhecidos” da área. Mas reafirmou que a prioridade da empresa continua sendo a bacia da Foz do Amazonas.

“Ao que parece, Ibama e MMA (Ministério do Meio Ambiente) optaram por começar a licenciar a possibilidade de perfuração marítima em águas profundas da Margem Equatorial pela região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional: a bacia Potiguar possui sete poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobras historicamente, além de mais de 8.680 poços em terra”, disse Prates, ontem, no X (ex-Twitter).

Reconsideração

A licença para a exploração – perfuração de bloco para procura de petróleo – é a primeira para a região obtida pela atual gestão da Petrobras, embora “a prioridade” da estatal sempre tenha sido a Foz do Amazonas (FZA), seguida da Potiguar e Barreirinhas, “nesta ordem”, enfatizou Prates.

Em maio, o órgão ambiental negou licença para a exploração da Foz do Amazonas. A estatal recorreu. Os pedidos de licença iniciais para a área foram apresentados em abril do ano passado ao Ibama, lembrou o executivo. O Ibama agora segue analisando a solicitação de reconsideração para o caso da licença da Foz do Amazonas.

“A Petrobras já cumpriu todas as novas exigências e requerimentos colocados pelo Ibama em seu parecer mais recente sobre o caso”, afirmou Prates na postagem de ontem.

Para a Bacia Potiguar, a autorização do Ibama ocorreu após a realização de uma recente e bem-sucedida Avaliação Pré-Operacional (APO) na área. Segundo Prates, a campanha da Petrobras para a Margem Equatorial brasileira consiste de um total de 16 poços exploratórios (busca de novas reservas) a serem perfurados entre 2023-2027, um investimento estimado em R$ 15 bilhões.

Reposição

As bacias sedimentares onde a Petrobras tem blocos exploratórios a perfurar são: FZA (Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão), BAR (Barreirinhas) e POT (Potiguar).

A exploração no norte do País visa à reposição de reservas, necessária para que o País mantenha a produção para o abastecimento interno e exportação. “A Petrobras está consciente do seu papel no abastecimento de petróleo ao Brasil, de forma a garantir a segurança energética a partir do uso consciente dos ainda necessários recursos petrolíferos e gasíferos”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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