O Júri Popular de Apuí (1.095 Km de Manaus) condenou, na tarde desta quinta-feira (23), Joázio dos Santos Pereira a 24 anos de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel, estupro e incêndio. O homem assassinou, no dia 6 de setembro de 2015, Soraya Matos Sales (40), a facadas, e depois ateou fogo na casa da vítima. O fato causou comoção no município à época.
O Ministério Público do Amazonas atuou com a Promotora de Justiça Fábia Melo Barbosa de Oliveira, que defendeu a tese condenatória acatada pelos membros do júri por maioria de votos. O Juiz Substituto de Carreira Pedro Esio Correia de Oliveira assinou a sentença. O conselho de sentença era formado somente por homens. As Defensoras Públicas, Stephanie Barbosa Sobral e Natália Saab Martins da Silva, atuaram no caso em favor do réu.
Segundo a Promotora de Justiça, foram consideradas algumas atenuantes de primariedade e menoridade de 21 anos, na data do fato. O réu tinha acabado de completar 18 anos quando cometeu o crime. A pena total ficou em 24 anos, sendo 15 anos por homicídio, seis anos por estupro e três anos por incêndio. Considerou-se, também, que o acusado encontrava-se preso, provisoriamente, desde setembro de 2015 até a presente data, somando três anos, oito meses e dezessete dias, restando para serem cumpridos 20 anos, 3 meses e 13 dias de pena.
Entenda o caso
Após uma festa de rodeio na cidade, Joázio seguiu Soraya Matos Sales, com a qual não tinha qualquer relacionamento, invadiu a casa dela pelos fundos, estuprou-a e desferiu-lhe seis facadas, duas no pescoço e quatro no abdômen. Depois, colocou fogo num colchão, atingindo a vítima que começou a pegar fogo, no momento em que foi resgatada pela irmã de um vizinho. A casa inteira pegou fogo e apenas um botijão e uma motocicleta foram salvos. Policiais lotados na Delegacia Especializada de Polícia (DEP), da Polícia Civil do Amazonas, de Humaitá, prenderam Joázio, na época com 18 anos, em cumprimento a mandado de prisão expedido pelo juiz da Vara Única de Apuí, acusado da prática de estupro seguido de morte de Soraya Sales, que tinha 40 anos e trabalhava em um escritório de contabilidade.
A promotora de Justiça Fábia Melo Barbosa de Oliveira, atualmente, responde pelas promotorias de Justiça de Tefé e Novo Aripuanã. Ela também cumpre pautas de audiências em Apuí, antiga comarca de atuação. “Sem sombra de dúvidas, foi perceptível que a sociedade apuiense ficou satisfeita e fortalecida com a decisão dos jurados”, avaliou a Promotora.
Foto: MPAM Divulgação
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