A detecção do primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, localizada em Montenegro (RS), desencadeou uma reação imediata no mercado internacional. China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de frango brasileiro, conforme anunciado após a confirmação do caso. Essa interrupção reflete a preocupação desses importantes compradores em proteger seus próprios plantéis avícolas contra a possível disseminação da doença, em linha com acordos sanitários previamente estabelecidos que preveem bloqueios automáticos em situações de risco sanitário em granjas.
O Ministério da Agricultura brasileiro tem se esforçado para tranquilizar a população e os parceiros comerciais, reiterando que não há risco no consumo de carne de frango ou de ovos. O foco da preocupação reside na sanidade dos plantéis comerciais e no potencial de contaminação que a exportação de produtos infectados poderia acarretar para outros países. O ministro Carlos Fávaro enfatizou que a questão é de ordem sanitária, visando evitar a propagação do vírus entre as criações.
Embora a China e a União Europeia representem mercados significativos para o frango brasileiro, o país também possui outros importantes compradores, como os Emirados Árabes e o Japão. O secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcel Moreira, esclareceu que as suspensões afetam as exportações de todos os estados brasileiros para os países que impuseram as restrições. O Brasil agora busca estratégias para mitigar o impacto dessas suspensões, possivelmente direcionando esforços para limitar as restrições à área onde o foco da doença foi identificado.

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