As obras do Projeto Azulão 950, empreendimento da Eneva em Silves (a 200 km de Manaus), foram impactadas nesta semana por uma paralisação de funcionários. Os trabalhadores alegam dificuldades relacionadas a alimentação, energia, internet e outras condições básicas de trabalho, e decidiram realizar uma manifestação no canteiro de obras.
De acordo com relatos, o sindicato que representa a categoria foi expulso do local, após tentar acompanhar as reivindicações dos trabalhadores. A situação gerou clima de tensão entre os empregados e a empresa.
O movimento ocorre em meio a um momento delicado para o projeto. Em maio deste ano, a Justiça Federal determinou a suspensão imediata da extração de gás natural no Campo Azulão, fonte de abastecimento do complexo, apontando falhas no licenciamento ambiental e a falta de consulta a povos indígenas e comunidades tradicionais.
Mesmo com os impasses judiciais, a Eneva segue tocando as obras do Complexo Termelétrico Azulão 950, que prevê investimentos de R$ 5,8 bilhões e a geração de milhares de empregos diretos e indiretos. A expectativa é que, quando concluído, o empreendimento seja capaz de fornecer até 950 megawatts de energia ao sistema nacional, a partir do gás natural da região.
A reportagem entrou em contato com a Eneva e com o sindicato dos trabalhadores para obter um posicionamento oficial sobre a paralisação, mas ainda não houve resposta.

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