Os fundos de investimentos brasileiros acumularam captação líquida negativa, ou seja, mais resgates do que aportes, de R$ 61,7 bilhões em julho, conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). É a segunda vez no ano que a indústria apresentou mais saídas do que entradas. A primeira foi em maio, com resgate líquido de R$ 53,5 bilhões.
A saída líquida foi influenciada por Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), fundos de renda fixa, fundos multimercados e fundos de ações. Os FIDCs registraram resgate líquido de R$ 23,9 bilhões. Contudo, R$ 25,2 bilhões saíram de apenas um produto e a, assim, o resgate líquido não é um movimento de mercado, de acordo com a entidade.
O mesmo aconteceu com os fundos de renda fixa, que que sofreram saída líquida de R$ 17,6 bilhões, mas foram impactados pelo saque de R$ 17,8 bilhões de só um produto.
Já os fundos multimercados tiveram resgate líquido de R$ 13,3 bilhões e os fundos de ações, saída líquida de R$ 8,3 bilhões. Eles seguiram a trajetória de fuga de investidores neste ano, com a alta da Selic e a bolsa volátil devido à expectativa de inflação, aumento de juros e recessão no exterior e de eleição no Brasil.
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