O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a ditadura militar no Brasil em entrevista à youtuber Cíntia Chagas, na 5ª feira (26.mai.2022). “Pra mim, foi um marco no Brasil. (…) Um momento de progresso”, falou o chefe do Executivo.
Além da ditadura, Bolsonaro usou o espaço para abordar outras pautas que defende, como: armamento, privatização da Petrobras, tratamento precoce da covid-19 e críticas à ideologia de gênero.
Na conversa, Bolsonaro relacionou a queda do número de assassinatos no Brasil em 2021 com a sua política armamentista. “No 1º momento, queriam dizer que iriam aumentar o número de mortes e homicídios no Brasil, tendo em vista os nossos decretos e portarias facilitando a aquisição de armas de fogo por parte dos cidadãos de bem. Aconteceu exatamente o contrário, como a gente previu”, disse o presidente.
Segundo dados do site Monitor da Violência, em 2021, o Brasil registrou o menor número de homicídios nos últimos 14 anos. Queda foi de 7% em relação ao ano anterior, com 41.069 homicídios no período.
Paralelamente, desde que Bolsonaro assumiu o governo, a indústria armamentista cresce de forma acelerada. A quantidade de novos registros de armas quadruplicou em 4 anos.
No entanto, segundo o diretor presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima, em entrevista ao Poder360, o aumento da circulação de armas de fogo ainda é recente para que se possa medir o impacto. De acordo com o especialista, a redução da violência pode ser explicada por vários fatores, que vão desde as mudanças na dinâmica do crime organizado, passando pela mudança do perfil da população brasileira, até a estruturação da segurança pública no país.

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