O suspeito de balear e matar o estudante Renan Silva Loureiro durante um assalto nesta semana na Zona Sul de São Paulo se entregou nesta sexta-feira (29) à Polícia Civil. Acxel Gabriel de Holanda Peres foi preso em seguida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Zona Norte da capital. Desde quinta-feira, a Justiça havia determinado a prisão preventiva dele por 30 dias.
A vítima tinha 20 anos, era universitário, trabalhava numa cafeteria e foi padrinho de casamento três dias antes de ser assassinado na frente a namorada. O suspeito tem 23 anos e acumula dez passagens criminais por roubo e receptação de produtos roubados. Segundo a polícia, ele tinha 12 anos quando foi detido pela primeira vez.
“Desde ontem [quinta-feira, 28] que eu falei com ele e ele disse que ia se apresentar”, disse a advogada de Acxel, Maria Ligia Jannuzzi aos jornalistas. “Ele está com medo.”
O latrocínio, que é o roubo seguido de morte, ocorreu na noite da última segunda-feira (25). O caso repercutiu nas redes sociais por causa da violência do crime, como mostra o vídeo que pode ser visto abaixo.
Quatro disparos contra Renan
Câmeras de segurança gravaram o momento em que o assaltante atira para o alto e Renan se ajoelha dizendo: “Eu não tenho nada”.
O jovem se levanta em seguida, quando o criminoso aponta a arma para a namorada dele. Depois atira quatro vezes em Renan. Um dos tiros atinge sua cabeça e ele cai morto na Rua Freire Farto, no Jabaquara. “Socorro”, grita a garota, de 19 anos, no vídeo. Ela não se feriu.
O criminoso, que usava capacete e mochila térmica, fugiu numa moto levando o celular da namorada de Renan.
Policiais analisaram câmeras de segurança que gravaram a placa da moto para identificar Acxel. Eles informaram ter ido até a casa do suspeito, onde encontraram uma jaqueta, uma mochila e um revólver, que passarão por perícia. A investigação quer saber se a arma apreendida foi a mesma usada para matar Renan.
Em depoimento à polícia, a namorada da vítima reconheceu parcialmente Acxel como o homem que abordou ela e Renan. Segundo a investigação, a jovem contou que identificou os olhos do atirador como os mesmos da foto do suspeito. Além disso, falou que o revólver apreendido foi o mesmo usado pelo bandido.
Mãe e tias pedem ‘justiça’
O g1 conversou com a mãe e tias de Renan, que agora lutam por justiça, para que o assassino seja preso, julgado e condenado.
“Quero que ele viva para cumprir a pena dele. Meu filho e outras vítimas não podem ser mais estatística”, disse a social media Clarice Silva, de 42 anos.
Segundo as irmãs Camila e Carolina Garcia da Silva, na última vez que viram o estudante, ele estava feliz por cursar faculdade de administração de empresas na Unip e trabalhar numa das unidades da Starbucks. O rapaz havia sido padrinho de casamento de Carolina, na última sexta-feira (22).

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