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Estratégia de Putin à luz da história

As explicações para se compreender a disputa entre dois países que ainda carregam heranças da Guerra Fria.
Foto: Divulgação

O conflito entre Rússia e Ucrânia já passa de um mês e as motivações do Kremlin para a investida militar têm sido um tópico comum nos noticiários de todo o mundo. Em uma abordagem histórica e econômica, Márcio Coimbra, presidente da Fundação da Liberdade Econômica (FLE), entrevista o cientista político Paulo Kramer para o #43 episódio do podcast Liberdade em Foco.

O diálogo entre os especialistas da FLE perpassou os objetivos conflitantes entre ambos os países e como a conjuntura política do cenário internacional influenciou estes acontecimentos. O conteúdo deste debate pode ser conferido no Spotify e no site da instituição.

A idealização de um futuro utópico tem sido uma das principais justificativas russas para o expansionismo de seu território. “Putin se coloca como um governante que será capaz de retomar o período de glória da antiga União Soviética e restabelecer a influência que eles tinham na Europa oriental”, explicou Kramer.

Ao longo da conversa, os especialistas elucidaram como as discordâncias ucranianas têm sido fatores importantes no conflito. O país, que é dividido pelo rio Dniepre, vê a sua porção oeste ser influenciada pelos objetivos russos, enquanto a parte leste se volta aos propósitos ocidentais.

Pôde ser compreendido no decorrer da observação dos fatos que, em um posicionamento conhecido como defesa ativa, o Kremlin iniciou a ofensiva militar como resposta à ameaça que representa a entrada de alguns países bálticos para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A atual conjuntura foi influenciada também pela falta de posicionamento do Ocidente quanto às recentes iniciativas russas, como a anexação da Criméia.

Kramer definiu como “idiotas úteis” os movimentos de direita que têm apoiado o governo russo. “Como estratégia ideológica, Putin tem se posicionado contra polêmicas progressistas. O que atrai a simpatia de conservadores pelo mundo”, afirmou.

Ao longo do episódio, Coimbra explicou como as nações ainda temem o poderio daquele que é o maior país do mundo. “O status histórico russo de superpotência na Guerra Fria ainda leva muitos governantes a não saberem o que esperar dos próximos passos da Rússia”, ponderou.

Como conclusão à análise do conflito, o cientista político esclarece que as duas nações consideram que existem chances reais de ganhar. O que faz com que o conflito perdure por mais tempo.

“Os dois países têm concepções diferentes do que poderia ser a neutralização do conflito”, comentou ele. “Os ucranianos podem aceitar o cessar-fogo desde que suas forças militares sejam preservadas e o auxílio bélico do Ocidente continue”.

Continuando, Kramer afirma que “para os russos, esta ação pode ser tomada com a neutralização militar desde que sejam anexados os territórios do país vizinho que sejam pró-Rússia”, constatou.

O debate completo pode ser conferido no podcast Liberdade em Foco. O programa busca trazer à luz discussões atuais e o exame histórico de temas importantes para a liberdade econômica e o conservadorismo institucional com a avaliação de especialistas capacitados nas áreas em questão. Confira todos os episódios no Spotify e no site da FLE.

Sobre a FLE

A Fundação da Liberdade Econômica (FLE) é um centro de pensamento, produção de conhecimento e formação de lideranças políticas. É baseada nos pilares da defesa do liberalismo econômico e do conservadorismo como forma de gestão. Criada em 2018, a entidade defende fomentar o crescimento econômico, dando oportunidades a todos. Nesse sentido, investe em programas para a formação acadêmica, como centro de pensamento e desenvolvimento de ideias. Ao mesmo tempo, atua como instituição de treinamento para capacitar brasileiros ao debate e à disputa política.

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