Em um comício realizado no último sábado (13/7), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de um atentado que quase resultou em tragédia. Trump atribuiu sua sobrevivência a um movimento de cabeça instintivo que desviou a trajetória do projétil.
De acordo com informações divulgadas, o suspeito pelo atentado é Thomas Matthew Crooks, que estava posicionado sobre um telhado a 120 metros de distância do palco, munido de um fuzil AR-15, encontrada pelo serviço secreto. Segundo especialistas, trata-se de uma arma de alta energia, capaz de disparar projéteis a velocidades superiores à do som. A médica Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, comenta o impacto devastador do fuzil em questão: “O disparo desse tipo de armamento tem uma energia tal que vai fazer com que a própria velocidade do projétil seja maior do que a velocidade do som. Então quem é atingido e tem uma lesão fatal provavelmente não vai nem ouvir o disparo que atingiu.”
As imagens do comício mostram o ex-presidente reagindo rapidamente ao som do tiro, movendo a cabeça de forma que o projétil passou perigosamente perto. Daitx explica os potenciais danos que poderiam ter ocorrido: “Os efeitos desse disparo de alta energia dentro do corpo vão muito além do local onde o projétil passa, porque a energia é muito grande. Ele é capaz de produzir uma onda de destruição em vários tecidos próximos. Na região da cabeça, por poucos milímetros, o projétil não penetrou a caixa craniana. Estruturas vitais poderiam ser lesadas, resultando em uma morte instantânea”.
Sobre a lesão na orelha, a médica ressalta que não pode ser considerado um ferimento cortante, porque conceitualmente o ferimento cortante é ocasionado por um instrumento com gume (afiado). Por fim, a especialista destaca a sorte de Trump em escapar ileso de uma situação potencialmente fatal.
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