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Entregador é morto e esquartejado no Rio; família culpa tráfico

Na noite de 29 de janeiro, Wesley Lima Gomes, de 25 anos, deixou a mãe em casa, saiu de moto para encontrar amigos e não foi mais visto
Reprodução

Depois de lanchar com a mãe em frente à casa de uma amiga dela, na noite de 29 de janeiro, o entregador de aplicativo Wesley Lima Gomes, de 25 anos, deixou-a em casa, em Benfica, na Zona Norte, saiu para encontrar amigos e não foi mais visto. No início de fevereiro, os dois braços do jovem foram encontrados na Baía de Guanabara, nas redondezas do Aeroporto Galeão, segundo relata sua família. Os parentes de Wesley acreditam que ele foi morto e esquartejado depois de passar por um local de alta periculosidade em Cordovil, dominado pelo tráfico.

Por volta das 22h30, de acordo com os familiares da vítima, Wesley partiu de sua casa, próxima à residência de sua mãe, após dizer que encontraria um grupo de amigos numa praça em Benfica. Ele saiu com sua moto, de modelo Factor 150, preta. Segundo relatos, contudo, Wesley nunca chegou a passar pela praça. A família diz ter tido acesso aos dados de geolocalização do celular do jovem, que teriam apontado como destino final da rota um endereço na Estrada do Porto Velho, em Cordovil. A região pertence ao chamado “Complexo de Israel”, dominado pela facção criminosa TCP.

Depois de lanchar com a mãe em frente à casa de uma amiga dela, na noite de 29 de janeiro, o entregador de aplicativo Wesley Lima Gomes, de 25 anos, deixou-a em casa, em Benfica, na Zona Norte, saiu para encontrar amigos e não foi mais visto. No início de fevereiro, os dois braços do jovem foram encontrados na Baía de Guanabara, nas redondezas do Aeroporto Galeão, segundo relata sua família. Os parentes de Wesley acreditam que ele foi morto e esquartejado depois de passar por um local de alta periculosidade em Cordovil, dominado pelo tráfico.

Por volta das 22h30, de acordo com os familiares da vítima, Wesley partiu de sua casa, próxima à residência de sua mãe, após dizer que encontraria um grupo de amigos numa praça em Benfica. Ele saiu com sua moto, de modelo Factor 150, preta. Segundo relatos, contudo, Wesley nunca chegou a passar pela praça. A família diz ter tido acesso aos dados de geolocalização do celular do jovem, que teriam apontado como destino final da rota um endereço na Estrada do Porto Velho, em Cordovil. A região pertence ao chamado “Complexo de Israel”, dominado pela facção criminosa TCP.

Pouco antes de a família de Wesley perder contato com ele, aproximadamente às 22h45, o entregador mandou mensagem para um amigo que mora perto da Estrada do Porto Velho, relatam os parentes. Na conversa, Wesley o chamava para ir para Madureira, endereço que o jovem mencionou num diálogo com outra amiga, em horário próximo.

Após o desaparecimento do rapaz, familiares e amigos formaram pelas redes sociais uma corrente em busca de informações sobre seu paradeiro. Até que o Instituto Félix Pacheco comunicou à família, segundo contam os parentes, ter identificado na região da Ilha do Governador dois braços que se assemelhavam à descrição dada pelos familiares: com tatuagens de leão e do Flamengo. Em visita ao Instituto Médico Legal nesta terça-feira, a família confirmou que os membros eram de Wesley. Eles foram encontrados na Ilha do Governador no dia 3 de fevereiro, segundo os familiares.

O caso foi registrado na 38ª Delegacia de Polícia, de Brás de Pina, e está sendo investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A reportagem tentou contato com a Polícia Civil, mas não obteve retorno.

A família de Wesley diz que o rapaz nunca teve envolvimento com nenhuma atividade criminosa e se sustentava com seu trabalho de entregador. Ele deixou um filho de 5 anos.

 Era um menino sonhador e um ótimo pai e filho. Sempre quis ter condições de comprar uma casa própria para a família e sair do aluguel — diz uma familiar de Wesley, cuja identidade será preservada. — O filho dele sempre será o amor da vida dele, só quem convivia com o Wesley sentia o amor dele pelo filho. Wesley era entregador do iFood, daí tirava a sua renda, que pagava as contas e sobrevivia. Wesley partiu e nos deixou com um sentimento de impunidade, pois ele não tinha nenhum tipo de vício e nem era envolvido com nada.

Agora, os familiares afirmam que buscam justiça pelo assassinato do jovem.

Queremos encontrar a moto e os culpados. Queremos sepultar ele. Vamos lutar por tudo — afirma a parente.

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