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Entenda quais atividades podem ajudar a proteger o cérebro da demência

À CNN Rádio, o neurologista Raphael Spera, da Academia Brasileira de Neurologia, explicou quais são os fatores de risco
Foto: Divulgação

Na semana passada, a família do ator Bruce Willis divulgou que ele está com uma forma de demência chamada frontotemporal, ou FTD.

No ano passado, ele já havia anunciado uma pausa na carreira justamente para lidar com uma condição médica – à época não diagnosticada desconhecida – que afetava suas habilidades cognitivas.

Em entrevista à CNN Rádio, o neurologista Raphael Spera, que é membro da Academia Brasileira de Neurologia, explicou que há métodos de “resiliência cerebral” que são capazes de proteger preventivamente o cérebro de futuras agressões, como a demência.

“Os mecanismos protetores são de atividade intelectual, como palavras cruzadas, mas com alternância de estímulos, ou seja, fazer coisas diferentes, não só uma atividade.”

Entre elas, estão a “leitura de livros diferentes, tocar um instrumento musical, jogos de tabuleiro, como xadrez, dama, e até jogos de carta.”

O tricô e o crochê também são atividades interessantes, já que “trabalham as duas mãos e estimulam raciocínio.”

O importante, Spera reforça, é que essas atividades sejam feitas de forma alternada e constante.

Fatores de risco

Os fatores de risco, de acordo com o neurologista, passam pela idade, já que há mais desgaste do cérebro com o tempo; baixa escolaridade, devido ao menor estímulo intelectual; e comorbidades como pressão alta, diabetes; além da inatividade física.

Além disso, ele destaca que “pessoas na família com quadros cognitivos, uso excessivo de álcool e má alimentação são fatores que levam a ter doença neurodegenerativa.”

“Não é um fator que causa isoladamente, mas um conjunto desses riscos”, completou.

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