Mais de 80% dos alunos da rede pública gostaria de estudar em escolas com atividades características do ensino médio integral, modalidade presente em apenas 20% das escolas do país. Os números foram coletados em pesquisa do Datafolha.
Segundo a pesquisa, as aulas práticas, a tutoria e o desenvolvimento do projeto de vida são os componentes curriculares que mais chamam a atenção dos jovens.
O estudo, encomendado pela organização Todos Pela Educação, em parceria com o Instituto Sonho Grande, a Fundação Telefônica Vivo e o Instituto Natura, contemplou quase 8 mil jovens de escolas públicas do ensino médio de todo o Brasil.
De forma geral, os alunos de escolas integrais estão mais satisfeitos com a escola do que os que estudam em ensino regular. Dos entrevistados, 73% dizem se sentir mais apoiados para se preparar para o futuro. O projeto de vida é a característica preferida de um a cada três alunos em tempo integral.
Os dados ainda evidenciaram que a melhoria do aprendizado é a principal razão para que os alunos do ensino integral tenham escolhido sua escola — 29% indicaram aprender mais, se preparar melhor para vestibular ou para o mercado de trabalho.
“Atualmente, uma em cada cinco escolas estaduais de ensino médio no Brasil oferece tempo integral, segundo os dados do Censo Escolar 2021. A previsão é que o modelo esteja presente em mais de 5,6 mil escolas em 2022, tendo como referência os números das secretarias estaduais”, diz Ana Paula Pereira, diretora-executiva do Sonho Grande.
Tempo integral
O modelo de ensino médio em tempo integral está presente em cerca de 4,3 mil escolas no Brasil. A proposta visa se conectar à “realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e socioemocionais”.
Instituições de tempo integral possuem maior carga horária e atividades extracurriculares. Entre os diferenciais desse tipo de ensino, estão o aprendizado prático, orientações de estudos, eletivas complementares e formação de um projeto de vida junto aos professores.
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