A Embraer apresentou dois projetos para aeronaves comerciais com propulsão híbrida e elétrica a hidrogênio, capazes de transportar de 19 a 30 passageiros. A companhia projeta que esse modelo se torne realidade em 2030.
Segundo os estudos desenvolvidos pela Embraer, as aeronaves teriam propulsão híbrida e elétrica que poderia reduzir emissões de gás carbônico em até 90% por meio do chamado “combustível sustentável”, produzido a partir de óleos de origem orgânica ou resíduos florestais.
No ano passado, a Embraer já havia anunciado um modelo de avião de energia híbrida com nove assentos. A empresa decidiu refazer os estudos e mira, agora, aeronaves com uma capacidade de transportar mais pessoas.
“Os aviões de 19 e 30 lugares são pontos de partida mais adequados para estudos focados, uma vez que devem apresentar prontidão técnica e econômica mais cedo”, explicou o vice-presidente sênior de engenharia, tecnologia e estratégia da Embraer, Luís Carlos Affonso, em nota oficial.
De acordo com Affonso, os aviões comerciais da Embraer, em cerca de 25 anos, “já reduziram o consumo de combustível e as emissões de CO2 em quase 50% com base na relação assento por milha percorrida, usando apenas combustíveis convencionais e propulsão”.
O novo projeto integra o programa Energia, criado pela Embraer com o objetivo de zerar as emissões de poluentes na indústria da aviação até 2050.
Acordo com grupo alemão
No fim de novembro, a Embraer anunciou um acordo com o Grupo TUI, gigante alemão do setor de turismo, para um programa de suporte à frota de jatos E195-E2 da companhia aérea.
Três aeronaves, de 136 assentos cada uma, integram a frota da empresa irlandesa de arrendamento AerCap e serão entregues ao Grupo TUI no primeiro semestre do ano que vem.
Pelo contrato, a companhia alemã terá acesso a trocas de componentes e serviços de reparo, além de itens intercambiáveis entre a Embraer e a TUI.
Financiamento do BNDES
Também em novembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 2,2 bilhões para a Embraer.
O valor será destinado à produção e exportação de aeronaves comerciais fabricadas pela companhia brasileira.
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