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Em Tabatinga, homem é condenado a mais de 28 anos de prisão pela morte de um adolescente e tentativa de homicídio contra outros dois

O crime ocorreu em 21 de janeiro de 2020, em um sítio localizado na Rua Manoel Tananta.
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Foto: Acervo da comarca

O réu Willian Murayari Armas, natural da Colômbia, foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão acusado da morte de Alexandre Gama Lopes (adolescente de 13 anos de idade), e de tentativa de homicídio contra outros dois adolescentes, um de 15 e outro de 13 anos. O julgamento da Ação Penal n.º 0000136-36.2020.8.04.7300 foi realizado no dia 24 do último mês de junho, sob a preesidência do juiz de direito titular da 1.ª Vara da Comarca de Tabatinga, Edson Rosas Neto.

Conforme os autos, o crime foi praticado no dia 21 de janeiro de 2020 quando os adolescentes retornavam, com um grupo grande de outros amigos, de um banho no Igarapé Urumutum e decidiram parar em um sítio que ficava no caminho do retorno à casa deles, a fim de apanhar rambutã (uma fruta da região amazônica).

Ao chegarem ao sítio, os três amigos escalaram o muro da propriedade. Lucas Felipe desceu para dentro do terreno para buscar as frutas, enquanto os outros dois – Alexandre Gama Lopes e Vitor Ricardo Castilho Garcia – permanecerem em cima do muro. Nesse momento, os três foram surpreendidos pela presença de Willian, que era “caseiro” da propriedade, o qual disparou um tiro, atingindo Alexandre (pelas costas, numa região próxima à nuca) e Vitor, ferido na região das nádegas. Alexandre morreu no local. Mesmo ferido, Vitor conseguiu fugir. Conforme narra a denúncia formulada pelo Ministério Público, o adolescente Lucas Felipe, que se encontrava dentro do terreno foi dominado e colocado de joelhos por William. Desesperado, implorou para não morrer, e só não foi atingido imediatamente por um tiro porque a arma de William falhou. Nesse momento, o menino conseguiu escalar de volta o muro e fugir pelo mato, enquanto o réu voltou a atirar em sua direção.

Após a oitiva das testemunhas e os debates em Plenário, os jurados integrantes do Conselho de Sentença condenou Willian Murayari Armas por um homicídio qualificado (praticado por motivo fútil) contra a vítima Alexandre Gama Lopes e por duas tentativas de homicídio qualificado (contra Vitor Ricardo e Lucas Felipe).

Willian Murayari Armas, que segundo a sentença assumiu a autoria do crime na fase extrajudicial, encontra-se foragido e foi julgado à revelia. O juiz Edson Rosas Neto decretou a prisão preventiva do sentenciado, determinando a inclusão do referido mandado (0000136-36.2020.8.04.7300.01.0002-06) no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Da sentença, cabe apelação.

#PraTodosVerem – as fotografias que ilustram a matéria mostram a oitiva de testemunhas durante o julgamento conduzido pelo juiz Edson Rosas Neto (que está sendo à mesa de trabalhos, usando uma toga preta com um cordão branco pendendo da gola). Ao lado dele (à esquerda na imagem), a representante do Ministério Público (de beca preta com detalhes em vermelho na gola e nas mangas). Na primeiro foto, a testemunha é uma mulher, que usa calça jeans, blusa azul e sandálias do tipo tamanco. Na segunda foto, a testemunha é uma homem que usa camisa de malha verde-limão, bermuda e chinelos. Ambos aparecem de costas, sentados em uma cadeira posicionada ao centro do plenário, diante do juiz. Também aparecem na foto o representante da Defensoria Pública (de beca preta, com um cordão verde pendendo da gola), que fala ao microfone, dirigindo-se à testemunha, bem como os demais servidores que trabalham na sessão.

 

 

Carlos de Souza

Foto: Acervo da comarca

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM

 

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