Como parte da operação nacional “Canduras”, que combate crimes de pornografia infantil, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) deflagrou uma ação de busca e apreensão em Manaus, nesta quarta-feira (09/10). Na capital amazonense, a operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e contou com o apoio da Polícia Civil.
Iniciada no Paraná, a operação ocorreu de forma coordenada em mais nove estados — Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. O alvo principal foram pessoas envolvidas na compra e posse de materiais ilícitos. As investigações começaram em março de 2023, após uma denúncia anônima ao Disque 100, revelando um esquema de comercialização de conteúdo pornográfico infantil por meio de aplicativos de mensagens.
O promotor de Justiça Igor Starling, coordenador do Gaeco e do Caocrimo do MPAM, ressaltou a gravidade da situação: “A pedofilia é uma das mais graves violações dos direitos humanos, causando danos irreparáveis às crianças e adolescentes, que são vítimas de abuso físico e psicológico. A gravidade desse crime não se limita às suas consequências imediatas, mas se estende por toda a vida da vítima, afetando seu desenvolvimento emocional e social. O combate à pedofilia é essencial para proteger a integridade das crianças, promover um ambiente seguro e saudável para seu crescimento e garantir que os responsáveis por esses crimes sejam punidos”, destacou.
Ponto de partida
Na primeira fase da operação, um casal em Telêmaco Borba (PR) já havia sido preso e condenado a seis anos de reclusão por envolvimento na venda de material pornográfico infantil. A operação desta quarta-feira focou em pessoas que adquiriram esse tipo de conteúdo ilegal. Os suspeitos podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que variam de um a oito anos de reclusão, além de multa.
A operação “Canduras” reforça o compromisso das autoridades no combate aos crimes contra a infância e adolescência. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque 100 ou diretamente nas promotorias de Justiça do MPAM
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