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Dólar oscila com foco em conflito no Oriente Médio; Ibovespa recua

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, recuava 0,60%, a 136.292,08 pontos
Foto: Pixels

O dólar à vista oscilava ante o real nesta segunda-feira (23), na esteira dos movimentos da moeda-norte-americana no exterior, conforme investidores equilibravam o nervosismo com o conflito no Oriente Médio e a perspectiva para cortes na taxa de juros do Federal Reserve.

Às 12h58, o dólar à vista tinha queda de 0,01%, a R$ 5,5121 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, recuava 0,60%, a 136.292,08 pontos.

Contexto internacional

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo a força da moeda norte-americana no exterior, com investidores demonstrando aversão ao risco e buscando ativos considerados seguros após uma nova escalada no conflito entre Israel e Irã, que já dura mais de uma semana.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse no domingo que os EUA “obliteraram” as principais instalações nucleares do Irã em ataques realizados na véspera com enormes bombas destruidoras de bunkers, juntando-se a Israel na guerra contra a República Islâmica.

Em resposta ao ataque, o Irã afirmou que “reserva todas as opções para defender sua soberania, seus interesses e seu povo”, indicando que pretende retaliar as ações militares dos EUA.

Os mercados globais estão receosos que a retaliação de Teerã possa vir com o fechamento do Estreito de Ormuz, onde circula quase 25% do comércio global de petróleo, o que poderia afetar de forma significativa os preços de energia e, em consequência, a inflação e a atividade econômica.

“O ataque dos EUA às instalações nucleares iranianas no fim de semana manteve os investidores nervosos, sustentando os (ativos) portos seguros e provocando outro movimento de alta nos preços do petróleo”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

“Agora, todas as atenções estão voltadas para a extensão da retaliação do Irã, seja por meio de novos ataques com mísseis e drones contra Israel ou um bloqueio do Estreito de Ormuz. Se for bem-sucedida, essa última medida seria um desenvolvimento significativo para os mercados”, completou.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,41%, a 99,324.

Entre os pares do real, a divisa dos EUA avançava ante o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.

Cenário doméstico

Do lado positivo para a moeda brasileira, estavam os ajustes do mercado nacional depois que o Banco Central elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15%, na quarta-feira, permitindo um diferencial de juros favorável para a atração de investimentos estrangeiros.

Já que o mercado brasileiro esteve fechado na quinta para um feriado e teve liquidez reduzida na sexta, investidores ainda reagiam nesta segunda à decisão do BC, contendo perdas maiores do real no pregão.

Nos próximos dias, as atenções dos investidores se voltarão para dados de inflação e comentários de autoridades de bancos centrais tanto no Brasil quanto nos EUA.

Na cena doméstica, os destaques serão a divulgação da ata da reunião do BC, na terça-feira, e de números para o IPCA-15 de junho, na quinta-feira.

Na maior economia do mundo, o foco estará em torno dos depoimentos do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso dos EUA, na terça e na quarta-feira, e de dados do índice PCE de maio — o indicador preferido de inflação do Fed — na sexta-feira.

Novidades sobre as disputas comerciais recentes também podem movimentar os mercados, enquanto se aproxima o prazo para o fim da pausa das tarifas abrangentes dos EUA no início de julho, com o país ainda em negociações com seus principais parceiros, como o Japão e a União Europeia.

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