É a maior queda percentual já registrada para o período, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quarta-feira (7/8). A área sob alertas (4.315 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016.
O resultado do sistema Deter é um indicativo da taxa anual de desmatamento, que abrange o mesmo período (agosto a julho) e é medida por outro sistema do Inpe, o Prodes. O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas pelo Deter, cuja finalidade principal é emitir alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.
Nos 12 meses houve queda em cinco dos nove estados Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% по Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 48% no Pará.
Para os 70 municípios considerados prioritários para o combate ao desmatamento na Amazônia houve queda de 53% da área sob alertas no período. Esses municípios concentram mais da metade do desmatamento na Amazônia. 48 deles aderiram ao programa União com Municípios, do governo federal, que prevê repasses de R$785 milhões para ações ambientais e socioprodutivas, caso haja redução do desmatamento.
Nas Unidades de Conservação da Amazônia houve queda de 67%, e nas Terras Indígenas, de 50%, no mesmo período de 12 meses.
No mês de julho foram registrados 666 km2 sob alertas de desmatamento na Amazônia, alta de 33% em relação ao mesmo mês de 2023 (500 km2), após queda de 55% em relação a julho de 2022 (1.487 km²), último ano do governo anterior.
Cerrado
No Cerrado houve alta de 9% dos alertas no período (7.015 km²). Os estados do Matopiba concentraram 75% da área sob alertas de desmatamento. Houve aumento de 58,6% no Tocantins; 31% no Maranhão; e 14,7% no Piauí. Só a Bahia registrou queda de agosto de 2023 a julho de 2024: 52,4%.
Nos últimos quatro meses os números do Deter para o Cerrado apontam reversão do desmatamento registrado no ano anterior. Houve queda de 24,8% de abril a julho na comparação com o mesmo quadrimestre de 2023. Em julho foram registrados 444 km², queda de 26,7%.
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