MANAUS — O desempenho considerado abaixo do esperado do vereador Aldenor Lima (União Brasil) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) tem provocado reflexos no jogo político. A deputada estadual Joana Darc (União Brasil), que já articulava uma candidatura à Câmara Federal, decidiu recuar e reavaliar seus próximos passos no cenário político.
Aldenor, eleito com 9,7 mil votos — o 12º mais votado entre os 41 vereadores —, era apontado como o nome natural para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), abrindo espaço para que Joana buscasse um cargo em Brasília. No entanto, a repercussão negativa de suas recentes propostas esfriou as movimentações.
Entre os projetos que causaram polêmica está o Projeto de Lei nº 481/2025, de agosto deste ano, que institui o Dia Municipal do Gato. A medida ganhou destaque nas redes sociais, mas de forma desfavorável, sendo alvo de críticas por eleitores que consideraram a proposta irrelevante diante dos desafios da cidade.
Pouco tempo
Fontes próximas à deputada confirmaram que Joana Darc deve assumir em breve o comando da Secretaria de Estado de Proteção e Bem-Estar Animal do Amazonas, mas ressaltam que a permanência no cargo deve ser breve. O objetivo, segundo aliados, é retornar à Assembleia Legislativa ainda nesta legislatura.
A movimentação política também foi influenciada pela decisão do ex-vereador Caio André, que optou por permanecer à frente da Secretaria de Cultura e Economia Criativa em vez de voltar à Câmara Municipal. Com isso, abriu-se espaço para a posse temporária do médico-veterinário Amauri Gomes (União Brasil), que assumiu uma cadeira na CMM e ampliou a representação da causa animal no Parlamento.
Nos bastidores, a avaliação é de que o recuo de Joana Darc reflete um reposicionamento estratégico, diante da perda de força política do grupo dentro da Câmara Municipal e da repercussão negativa das iniciativas de Aldenor Lima.
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