Da redação
Em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde do Amazonas nesta sexta-feira, 3, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) pediu o afastamento do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do seu vice, Carlos Almeida, do comando do Estado, por envolvimento em uma “organização criminosa instalada no Governo”, conforme apontam documentos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O parlamentar afirmou que os gestores, alvos da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), deveriam ser afastados de suas respectivas funções até o final das investigações, que apuram suposto esquema de corrupção, fraude à licitação e desvio de recursos públicos federais destinados para o combate da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Amazonas.
“Não é comum que o governador do Amazonas e seu vice estejam arrolados em organização criminosa, isso não entra na cabeça do povo do Amazonas. Se esta Casa tivesse coragem mesmo e compromisso com o povo, pediria o afastamento dos dois gestores até que se apurassem definitivamente os fatos. Não é cassação, mas de se afastar das funções, uma vez que o governador deu na trave para ter a sua prisão decretada. A Assembleia tem que estar atenta ao que acontece no Estado”, ponderou Wilker.
Barreto também comentou sobre a aprovação do requerimento de recomendar ao Chefe do Executivo a exoneração das secretárias estaduais da Saúde (Susam), Simone Papaiz, e da Comunicação (Secom), Daniela Assayag, apontadas como envolvidas no escândalo da compra superfaturada de ventiladores pulmonares feito pelo Executivo numa loja de vinhos, que custou R$ 2,9 milhões aos cofres públicos.
“Um dos princípios da Administração Pública é a moralidade. As secretárias estão envolvidas numa organização criminosa, como relatou o STJ, ou seja, não tem mais condições de estarem à frente de seus cargos. Isso deveria servir também para o governador e o vice, que também estão envolvidos. A recomendação de afastamento é válida e se o governador não acatar, estará ratificando um grande conluio”, explicou o líder da oposição, que votou favorável a matéria.
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