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Déficit de chuvas no interior do Amazonas e norte no Pará foi o mais severo em 40 anos

Desde maio, chuvas abaixo da média foram registradas principalmente na região central do Amazonas, segundo o Cemaden. Estiagem deve atingir a região até o fim de ano

A seca na Amazônia deve durar pelo menos até dezembro quando o fenômeno El Niño atingirá a sua máxima intensidade. Até lá, as previsões de chuva indicam volumes abaixo da média. O alerta foi feito nesta quarta-feira (04) pelo Cemaden, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo o comunicado, desde o mês de maio, parte dos estados do Amazonas e do Pará vem registrando chuvas abaixo da média. A situação pode ser uma consequência do inverno mais quente provocado pelo El Niño. O déficit de chuvas registrado entre julho e setembro no interior do Amazonas e no norte do Pará foi o mais severo desde 1980.

“Em grande parte do Amazonas, Acre e Roraima, observa-se uma anomalia de chuvas de -100 a -150 milímetros. Devido ao déficit acumulado de precipitação, a umidade do solo alcançou níveis críticos ao longo do mês de setembro”, informou o Cemaden.

Níveis dos rios

O Cemaden alerta ainda que o início da estação de chuvosa, entre novembro e dezembro, costuma elevar os níveis dos rios. Contudo, com previsões abaixo da média, alguns rios podem não atingir os níveis normais em 2023.

No dia 27 de setembro, a estação de medição do rio Negro em Caricuriari registrou 3,37 metros – bem abaixo da mínima histórica para o mês, que é de 7,11 metros. Já o nível do rio Solimões baixou para 2,9 metros em Coari enquanto a mínima histórica já registrada para o mês de setembro é de 2,44 metros.

“Grande parte dos rios da região Norte, entre os estados do Amazonas e Acre, encontra-se com níveis muito abaixo da média climatológica”, alertou o Cemaden.

 

Com informações da assessoria 

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