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Críticos de Bolsonaro, ex-delegado no Amazonas e ex-presidente do Inpe não são eleitos

Ricardo Galvão e Alexandre Saraiva tentaram cargos no Congresso, mas não conseguiram votos suficientes
Foto: Lucas Lacaix/Agência O Globo e reprodução

Nas urnas, os políticos que apoiam a destruição do meio ambiente tiveram vantagem aos que denunciaram a agressão à natureza durante o governo Bolsonaro. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi o 5o deputado federal mais votado por São Paulo. Carla Zambelli conseguiu a reeleição também no estado paulistano com ampla votação, ficou em terceiro lugar. Para quem não lembra, a deputada liderou a Comissão do Meio Ambiente de Câmara e aprovou temas antiambientais. E Salles acabou pedindo demissão do cargo em 2021 por ser alvo de duas investigações da PF.

Um dos que denunciam Salles, o delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas, tentou a vaga de deputado federal pelo Rio, mas não foi eleito. Obteve mais de 16 mil votos. Saraiva foi retirado do cargo após enviar notícia-crime ao STF contra Salles.

Outro nome que alertou sobre os desmandos do governo federal na área ambiental, o ex-presidente do Inpe, Ricardo Galvão, também não foi bem nas urnas. Candidato a deputado federal por São Paulo, teve 40 mil votos e não foi eleito. Galvão foi demitido do cargo de diretor do instituto após publicar dados sobre aumento do desmatamento da Amazônia, o que desagradou o presidente Bolsonaro em julho de 2019. O presidente acusou o cientista de publicar dados falsos. O cientista acabou sendo demitido pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que nesta eleição conseguiu uma vaga para senador por São Paulo.

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