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Criar um filho pode custar mais de R$ 1,5 milhão; veja como economizar ao longo dos anos

Ter um filho é mais do que uma simples meta — é um marco de vida que acarreta mudanças financeiras que os pais precisam estar preparados.
Foto: Divulgação

Muitos casais sonham em ter um filho, mas poucos colocam na ponta do lápis o quanto tem que desembolsar para criar uma criança.

Um levantamento do planejador financeiro Guilherme Baía, feito a pedido da CNN, mostra que os gastos podem chegar a mais de R$ 1,5 milhão ao longo dos anos.

Ter um filho é mais do que uma simples meta — é um marco de vida que acarreta mudanças financeiras que os pais precisam estar preparados.

Para alcançar uma estimativa financeira, o primeiro passo é analisar a situação econômica atual.

Mas como fazer isso?

Segundo Thelma Ribeiro, diretora de cursos internacionais da Strong Business School e autora de dois livros sobre educação financeira para crianças lançados nos Estados Unidos, México e Brasil, primeiro é preciso começar registrando quanto e onde a pessoa ganha e gasta.

Portanto, deve-se registrar todas as despesas e receitas, incluindo data e descrição para análises futuras.

“Com essas anotações, você pode categorizar as despesas e dividi-las em necessidades e desejos. Os desejos são os primeiros a serem analisados quando objetivamos a redução de custos”, explica.

“As necessidades, por serem indispensáveis, não podem ser eliminadas, mas podemos buscar maneiras de reduzir os custos associados a elas.”

Nesta fase, a especialista destaca que a criatividade é essencial para eliminar algumas despesas desnecessárias ou encontrar formas de gastar menos.

“Além de criativos, precisamos ser honestos conosco e entender que, independentemente da renda, todos precisamos abrir mão de alguns desejos para alcançar um objetivo. As proporções variam, mas a necessidade de renúncia é uma constante.”

Na visão de Guilherme Baía, os pais precisam ter em mente o tipo de educação que querem dar aos filhos.

Segundo ele, os responsáveis podem optar por investir em educação ou na forma educacional.

Segundo ele, a escolha da escola acaba sendo uma das maiores preocupações dos pais em relação aos filhos.

Mas há outros impactos que devem ser considerados, pois, quase sempre, quando a escola é selecionada, vai também se determinar o meio social na qual a criança estará inserida.

“Os presentes de aniversário dos colegas, por exemplo, serão necessários para uma boa socialização da criança. As atividades extras escolares, padrão de vestuário imposto pelo ambiente escolar, também devem estar no orçamento.”

Ou seja, são escolhas que deixam de passar pelo aspecto mensalidade/ transporte/ alimentação, mas traz um custo para vida na totalidade da criança — e a própria definição da escola já é determinante.

Ele pontua que, se a escola é em tempo integral, significa que a criança vai conviver com uma única turma ao longo de toda sua vida escolar.

Porém, quando escolhe uma escola com apenas um turno, ele abre a possibilidade da criança ter interações com várias outras turmas — a do esporte, da dança, da música, etc.

“Isso tem muito a ver com o estilo dos pais, e nem sempre é uma escolha que é pensada. Mas, quando pensada, traz seu aspecto financeiro envolvido.”

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