A CPI da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (19), o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Após atrasos e votação de requerimentos, Francisco Maximiano iniciou seu depoimento afirmando que usaria da prerrogativa do silêncio concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um habeas corpus.
Por isso, o empresário não respondeu a diversas questões feitas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) no início do depoimento. As respostas concedidas foram pontuais: Maximiano afirmou que conhece Ricardo Barros (PP-PR), deputado e líder do governo Bolsonaro, e que possui mais um contrato junto ao Ministério da Saúde relativo ao fornecimento de preservativos femininos.
O empresário também afirmou que o relacionamento com a Bharat Biotech começou em setembro de 2020, e que o contrato envolvendo a vacina Covaxin previa pagamento direto para a farmacêutica. Ao ser questionado sobre o porquê do nome da Precisa aparecer no empenho do pagamento que seria feito, ele não respondeu.
A Precisa está envolvida em suspeitas de irregularidades ao intermediar a compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, junto ao Ministério da Saúde.
A presença de Maximiano é aguardada com expectativa na comissão. Ele já teve o depoimento adiado quatro vezes, além de um pedido rejeitado no Supremo Tribunal Federal (STF) para que não precisasse comparecer. Maximiano vai munido de um habeas corpus que permite que ele permaneça em silêncio em assuntos que possam incriminá-lo.
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