A influência da socióloga Rosângela da Silva, a Janja, em pautas recentes defendidas pelo seu marido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é conhecida. Ela é apontada como responsável, principalmente, pela inserção – ou mais visibilidade – de temas ligados às mulheres, à diversidade, à alimentação orgânica e aos direitos dos animais.
Na prévia do programa de governo do petista, tornado público nesta segunda-feira, 6, há pelo menos dois tópicos que apontam a influência de Janja.
Um deles é aquele no qual a candidatura presidencial diz que o “compromisso com a afirmação de direitos é amplo e inclui a proteção e garantia dos direitos dos animais”. Lula e Janja têm até uma mascote para a causa: a cachorrinha Resistência, que foi resgatada pela socióloga quando ela frequentava o acampamento de apoiadores próximo à prisão de Lula, em Curitiba, e depois adotada pelo casal.
Em outro ponto, o pré-candidato ressalta a necessidade de incentivar “sistemas alimentares de bases saudáveis e sustentáveis obtidas com parâmetros de sustentabilidade, de respeito aos territórios e de simetria na posse e uso da terra”.
O tema da alimentação saudável vem sendo trabalhado há tempos por Janja com o ex-presidente. Antes de ir a um evento com ativistas da alimentação saudável, organizado pelas chefs Bela Gil e Bel Coelho, em São Paulo, no fim de fevereiro, Lula fez uma postagem dizendo ter “melhorado o discurso”. “Não falo só do pessoal voltar a comer churrasco, mas também o pessoal vegetariano, que não come carne, poder comer uma boa salada orgânica”, escreveu.
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