Apesar das críticas aos serviços prestados pela Águas de Manaus, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) estendeu, nesta quarta-feira (2), o prazo para a entrega do relatório de fiscalização da concessionária na capital amazonense para um ano.
Durante a votação no plenário da CMM, vereadores denunciaram o “desserviço” da Águas de Manaus, citando buracos mal recapeados, falta de água e esgoto, e altas taxas cobradas da população.
A discussão girou em torno do Requerimento 2279/2025, do vereador Diego Afonso (UB), que solicita o relatório das ações da Águas de Manaus, conforme o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG). O vereador Eduardo Alfaia (Avante) sugeriu o prazo de um ano para a entrega do relatório.
Cobrança do relatório:
Diego Afonso explicou que o pedido surgiu de uma reunião da Comissão de Águas e Saneamento Básico, e que o relatório é um compromisso da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Agemam) e da Prefeitura de Manaus com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para embasar os trabalhos da comissão.
José Ricardo (PT) lembrou que, em audiência pública na Câmara, moradores e comunitários reclamaram das altas tarifas e da falta de serviços de qualidade. Ele também cobrou um relatório dos últimos cinco anos de fiscalização da Agemam, alegando falta de informações recentes.
Eduardo Alfaia, em resposta, afirmou que a Agemam tem respondido às contestações da Câmara dentro do prazo estabelecido no TAG. Ele concordou com a necessidade de a concessionária prestar contas à cidade, mas criticou a qualidade dos serviços prestados.
Multa:
Rodrigo Guedes (Progressistas) acusou alguns vereadores de tentar “agradar” a Prefeitura de Manaus, evitando questionamentos. Ele lembrou que a Agemam multou recentemente a Águas de Manaus em R$ 3 milhões, enquanto a concessionária faturou mais de R$ 800 milhões em 2022.

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