A grave situação das cheias no Amazonas se agrava, conforme boletim divulgado neste domingo (18) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais do Governo do Estado. Os números revelam que 52.360 mil famílias já foram afetadas em todo o estado, o que representa um impacto direto na vida de aproximadamente 209.431 mil pessoas.
As nove calhas de rios do Amazonas seguem em processo de enchente, com a previsão de picos em diferentes períodos, entre os meses de março e julho. Diante deste cenário, dos 62 municípios amazonenses, 20 já decretaram Situação de Emergência, 37 estão em estado de Alerta, três em Atenção e apenas dois registram normalidade.
Em resposta à crise, o Governo do Estado intensificou o envio de ajuda humanitária, totalizando até o momento 250 toneladas em cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros e 57 mil copos de água potável da Cosama. Adicionalmente, foram distribuídos 10 kits purificadores do programa Água Boa para atender as necessidades emergenciais dos moradores de Manicoré, Apuí, Humaitá, Borba, Boca do Acre e Novo Aripuanã.
Na área da saúde, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) enviou 72 kits de medicamentos para os municípios de Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil pessoas. Um reforço significativo foi o envio de uma nova usina de oxigênio para o hospital municipal de Manicoré, com capacidade ampliada para 30 metros cúbicos por hora, substituindo a antiga que produzia 12 metros cúbicos por hora. O município de Apuí também recebeu seis cilindros de oxigênio de reserva, além de medicamentos e insumos hospitalares.
A Operação Cheia 2025, iniciada em 16 de abril sob a coordenação do governador Wilson Lima, priorizou inicialmente a calha do rio Madeira, atendendo os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí, os primeiros a decretarem Situação de Emergência. Nesta fase inicial, foram enviadas 160 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água, 33 mil copos de água potável e seis purificadores de água do projeto Água Boa.
A Defesa Civil do Estado mantém o monitoramento contínuo da situação das cheias através do seu Centro de Monitoramento e Alerta, acompanhando os níveis dos rios ao longo de todo o ano para garantir uma resposta eficaz e mitigar os impactos sobre a população.
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