Da redação
Um apoiador e candidato a vereador nas eleições de 2016 no município de Tefé, na coligação do atual prefeito da Cidade, Normando Bessa (PP), foi preso em Manaus suspeito de estuprar um bebê de nove meses de idade. Conforme informações repassadas ao Em Pauta, o homem identificado como Rafael de Castro Nery, apesar de ser considerado foragido a um ano, recebia seus proventos da Prefeitura normalmente.
O Guarda de Trânsito Rafael de Castro Nery, ex-diretor do Instituto Municipal de Trânsito de Tefé, foi preso na manhã desta terça-feira (16), em cumprimento a um mandado de prisão onde é acusado de ter abusado sexualmente da própria filha, em outubro de 2019. À época, o bebê tinha nove meses de idade.
Segundo a mãe da criança, os abusos foram percebidos depois que o suposto agressor havia deixado sangue nas partes íntimas da criança. O mandado de prisão preventiva havia sido assinado pelo juiz Alex Jesus de Souza, da 2° Vara da Comarca de Tefé, que pediu a prisão imediata e o recolhimento do mesmo a unidade prisional de Tefé.
Rafael também é suspeito de agredir a própria esposa, que solicitou medida protetiva contra o servidor por supostas agressões e ameaças de morte.
Rafael continuava recebendo da prefeitura de Tefé
No portal da transparência do município de Tefé, o nome de Rafael continua constando como “servidor ativo” da prefeitura. O guarda foi nomeado pelo prefeito Normando Bessa (PP) como diretor do Instituto Municipal de Trânsito no início do mandato, em 2017, e permaneceu mais de dois anos à frente do órgão.
Foragido desde outubro, Rafael recebeu todos os salários até junho, o que totaliza quase R$ 9 mil reais pago ao suspeito mesmo sem o mesmo ter comparecido ao trabalho. Apenas na manhã de hoje, curiosamente após a divulgação da prisão de Rafael, é que a prefeitura divulgou em diário oficial a abertura de uma sindicância contra o guarda por suposto “abandono de cargo”.
Relação próxima com o prefeito
Rafael foi candidato a vereador pelo Partido Comunista do Brasil, na chapa do prefeito Normando Bessa, nas eleições de 2016. Mesmo obtendo apenas 61 votos, o servidor foi recompensado pelo prefeito eleito com a nomeação em cargo análogo a secretário, e se tornou um dos maiores aliados do político.
Sem resposta
Procurados, até a publicação dessa matéria a prefeitura de Tefé não comentou ou explicou sobre os pagamentos feitos à Rafael Castro.
Veja as fotos do suspeito na época da eleição:
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