Em meio ao calor e seca extremos, comunidades estão isoladas pela estiagem. O município de Tefé, no interior do Amazonas é um dos mais atingidos.

Divulgação\ G1
(veja imagens acima).
A reportagem do Fantástico acompanhou neste domingo (8) uma iniciativa do Greenpeace. Uma equipe entregou alimentos para a comunidade indígena Kokama, que reside em uma praia. Devido a problemas de locomoção, eles enfrentam dificuldades para ter acesso a comida.
No Médio Solimões, os moradores estão preocupados com o nível crítico do rio Tefé, que é um afluente do Solimões.
Lixo e ossos de botos foram encontrados na região. No lago de Tefé foram encontrados 138 botos.
“Nunca vi nada parecido. Parece um cenário de terror o que a gente está presenciando agora aqui em Tefé“, lamenta a pesquisadora Michele Pasin, do Instituto Mamirauá.
Ambientalistas e pesquisadores trabalham para descobrir as possíveis causas das mortes dos animais.
“É uma seca extrema, potencializada por um El Nino extremo e tudo em decorrência do nosso próprio comportamento”, explica a pesquisadora Miriam Marmontel.
Além disso, o lago onde vivem mais de mil botos tucuxi e vermelho reduziu muito. Os animais são um símbolo da Amazônia e estão em risco de extinção.
Desde que os trabalhos no acampamento científico começaram, a temperatura da água é monitorada todo dia.
“Medimos 39,1°C a temperatura da água, que é um valor extremamente exorbitante, muito acima da média do lago que é na ordem de 31°C e 32°C”, explica o pesquisador Ayan Fleischmann.

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