No mesmo dia em que votou pela condenação da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil não apoiou, na última sexta-feira, uma declaração da Organização dos Estados Americanos (OEA) criticando os ataques russos à Ucrânia. Também não assinaram o documento Argentina, Bolívia e Nicarágua.
Segundo um interlocutor envolvido com o assunto, há pelo menos duas razões para essa atitude da delegação brasileira na OEA: a Ucrânia fica no continente europeu, e não nas Américas; e a posição do Brasil foi expressa no Conselho de Segurança.
Em seu discurso, o embaixador do Brasil junto à Organização, Otávio Brandelli, reiterou a preocupação do Brasil com as operações militares russas na Ucrânia, defendeu a retomada do diálogo e disse que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem legitimidade para debater e apresentar alternativas. Já a OEA, esclareceu, é um organismo regional.
—Devemos ter presente que alguns dos propósitos essenciais da nossa organização são precisamente garantir a paz e a segurança continentais, prevenir possíveis causas de dificuldades e assegurar solução pacífica de controvérsias entre seus membros —afirmou.
Brandelli afirmou que o Brasil, na condição de membro não permanente do Conselho de Segurança, participa ativamente das discussões sobre a Ucrânia. Ele enfatizou que “nossos esforços também estão concentrados para evitar uma catástrofe humanitária”.
Segundo um interlocutor envolvido com o assunto, há pelo menos duas razões para essa atitude da delegação brasileira na OEA: a Ucrânia fica no continente europeu, e não nas Américas; e a posição do Brasil foi expressa no Conselho de Segurança.
—Devemos ter presente que alguns dos propósitos essenciais da nossa organização são precisamente garantir a paz e a segurança continentais, prevenir possíveis causas de dificuldades e assegurar solução pacífica de controvérsias entre seus membros —afirmou.
Brandelli afirmou que o Brasil, na condição de membro não permanente do Conselho de Segurança, participa ativamente das discussões sobre a Ucrânia. Ele enfatizou que “nossos esforços também estão concentrados para evitar uma catástrofe humanitária”.
Na noite de sexta-feira, o Brasil apoiou uma resolução que critica a “agressão russa” contra a Ucrânia, em reunião no Conselho de Segurança da ONU. Mas como a Rússia, como membro permanente do órgão, tem poder de veto — e o usou —o ato não teve validade.
A mudança de posição do governo brasileiro se deveu ao agravamento da escalada militar naquele país e à forte pressão de parte da comunidade internacional. Estiveram à frente dessa operação para convencer o Itamaraty atores como Estados Unidos, Alemanha, França e Japão.
O presidente Jair Bolsonaro, após ter provocado protestos e críticas ao ter afirmado que era solidário à Rússia durante uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin, há cerca de uma semana, em Moscou, tem evitado falar diretamente sobre a crise na região. Bolsonaro se manifestou, há dois dias, a respeito do esforço da embaixada do Brasil para retirar brasileiros que querem deixar a Ucrânia .
Neste sábado, em uma rede social, Bolsonaro escreveu que a posição do Brasil em defesa da soberania, da auto-determinação e da integridade territorial dos Estados “sempre foi clara” e está sendo comunicada através dos canais adequados para isso, como o Conselho de Segurança da ONU, e por meio de pronunciamentos oficiais.
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