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Manaus,

Colunista

José Melo

Brasil: entre as bênçãos do céu e as tormentas do inferno

O Brasil, nosso amado país, está vivendo neste momento as bênçãos do céu e as tormentas do inferno.

De um lado, somos um dos países mais abençoados do mundo:

Com sua imensa extensão territorial (8.515.767 km², com 4.319,4 km de largura e 4.394,7 km de norte a sul), o Brasil abriga seis biomas de dimensões continentais: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

Possuímos cerca de 50 mil espécies de plantas e mais de 124 mil espécies de fauna, segundo dados do IBGE e de instituições ambientais.

Temos ainda uma plataforma continental exuberante, rica em peixes, e reservas excepcionais de petróleo e gás.

Somos um dos maiores produtores mundiais de alimentos, alimentando mais de 10% da população global com nossos grãos e carnes.

Possuímos uma das maiores reservas de água doce do planeta e uma diversidade mineral impressionante:

  • Um dos maiores produtores de minério de ferro e bauxita do mundo;
  • Detentores de mais de 97% das reservas conhecidas de nióbio;
  • Segunda maior reserva mundial de terras raras (atrás apenas da China);
  • Além de ouro, diamantes, cassiterita e outros minerais estratégicos.

Por outro lado, apesar de tantas riquezas, o Brasil vive hoje o que poderíamos chamar

de o “Inferno de Dante” (em referência a Dante Alighieri, autor da “Divina Comédia”,

escrita entre 1308 e 1320):

  • Ganância;
  • Corrupção;
  • Desgoverno (com o governo gastando mais do que arrecada);
  • Inflação;
  • Taxas de juros de 15% ao ano;
  • Desequilíbrio fiscal;
  • Dívida pública beirando os 7,5 trilhões de reais, com previsão de ultrapassar os 8

trilhões até o final de 2025 (em março, a dívida representava 75,9% do PIB,

segundo o Banco Central);

  • Alimentos caros;
  • Problemas crônicos na Educação, Saúde, Segurança e Economia;
  • Pobreza e desigualdade social crescentes;
  • 4,6 milhões de brasileiros vivendo sem acesso a saneamento básico, segundo a

OMS;

  • Mais de 28 milhões de brasileiros sem acesso à rede de água tratada;
  • E, por fim, o Governo Federal e a classe política continuam priorizando seus

próprios interesses, enquanto o povo segue pagando a conta.

Que pena!

Manaus, 22 de junho de 2025.

Professor José Melo

Ex-Governador do Estado do Amazonas

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