O Brasil adicionou 18,9 gigawatts de potência pico fotovoltaica em 2024, consolidando-se como o quarto maior mercado de energia solar do mundo. Os dados são do relatório da SolarPower Europe (2025-2029).
O levantamento, que contou com a participação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), reforça o avanço das fontes renováveis e o surgimento de novos modelos de eficiência. Entre eles, o Mercado Híbrido de energia vem ganhando destaque por combinar geração solar, mercado livre e armazenamento em baterias em uma única estratégia de gestão energética.
Segundo o especialista Werner Albuquerque, diretor da Solalux Energia, o termo ‘Mercado Híbrido’ foi criado pela empresa com o objetivo de integrar as melhores soluções disponíveis e minimizar os gargalos de cada modalidade.
“Cada modelo de redução de energia tem suas vantagens e limitações, sejam técnicas ou financeiras. O mercado híbrido une o melhor de cada cenário, reduzindo custos significativos e otimizando o investimento. Para isso, realizamos diagnósticos personalizados, analisando contratos, cargas e perfis de consumo de cada cliente”, explica Albuquerque.
Resultados refletem no ambiente industrial
O sistema, que já apresenta resultados expressivos em indústrias e empreendimentos de grande porte, oferece previsibilidade e estabilidade nos custos energéticos.
“O Ambiente de Contratação Livre (ACL) já representa uma redução importante, pois o consumidor compra energia de empresas privadas, sem depender apenas da concessionária. Quando combinamos essa compra com geração solar própria, aumentamos a autonomia e reduzimos ainda mais as incertezas do sistema elétrico”, destaca Werner.
Um dos pilares do modelo é o uso de baterias inteligentes, conhecidas como BESS (Battery Energy Storage System). As baterias permitem armazenar energia solar durante o dia e utilizá-la nos horários de ponta, quando a tarifa é mais cara.
“As baterias acrescentam uma camada extra de economia e funcionam como grandes reguladores da energia reativa, substituindo o uso dos tradicionais bancos de capacitores. O resultado é uma operação mais eficiente, estável e sustentável”, explica o especialista.
Apesar dos avanços tecnológicos, Werner reconhece que ainda existem desafios culturais e contratuais para ampliar a adesão ao modelo híbrido. “O maior obstáculo é o paradigma de que é preciso escolher entre energia solar ou mercado livre. Nossa proposta unifica esses modelos, refinando os contratos e integrando tecnologias que reduzem o investimento inicial, o custo operacional e entregam o melhor resultado ao cliente final”, afirma.
De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre de energia já reúne mais de 58 mil unidades consumidoras no Brasil, representando cerca de 80% das adesões. Mesmo com esse avanço, Werner aponta que ainda há grande espaço para crescimento.
“O Brasil é referência em energia limpa, com 87% da energia consumida em 2024 proveniente de fontes renováveis. Ainda assim, muitas empresas não exploram todo o potencial da geração própria e das soluções híbridas”, observa.
Sustentabilidade
O especialista também destaca o alinhamento do modelo híbrido às práticas de ESG e à redução da pegada de carbono. “Além dos ganhos econômicos, essas soluções fortalecem o compromisso ambiental e institucional das empresas, abrindo portas para novos negócios e parcerias com mercados que valorizam sustentabilidade e inovação”, reforça Werner Albuquerque.
Para o futuro, a Solalux aposta em um crescimento exponencial do setor, impulsionado por novas tecnologias e pela demanda da Indústria 4.0 e da inteligência artificial.
“O mercado híbrido tem um potencial imenso. A expansão da TUSD, que em 2026 chegará a 60% do seu valor para a Geração Distribuída, tornará esse modelo ainda mais competitivo. O futuro consome muita energia, e as soluções de engenharia refinadas serão essenciais para atender às novas demandas do mercado”, conclui.
Com informações da assessoria de imprensa*

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