O banco Bradesco fechou um contrato de internet por satélite com a Starlink, empresa do bilionário Elon Musk. O objetivo é aumentar a qualidade e rapidez dos serviços de agências bancárias no interior do Estado do Amazonas. Até o final de agosto, a previsão é que agências de 5 municípios estejam usando a tecnologia.
A cidade de Tefé, a 520 km de Manaus, foi a 1ª a ser impactada pelo novo contrato. Até o momento, a internet via satélite também já foi ativada nas agências de Carauari, Benjamin Constant e Tabatinga.
Em São Gabriel da Cachoeira, próximo à fronteira com a Colômbia, deve começar a ser usada ainda neste mês. Além dessas cidades, o banco pretende cobrir outras agências com a internet de Musk. Entre elas, estão municípios vizinhos como Juruá, Uarini, Alvarães, Japurá, Maraã e comunidades ribeirinhas.
A operação é realizada em conjunto com a Sencinet, integradora de soluções e serviços gerenciados. Jayme Ribeiro, diretor-executivo de vendas e marketing da Sencinet, explica que os satélites usados pela Starlink “possibilitam uma velocidade até 100 vezes maior do que o sistema utilizado atualmente”.
Em entrevista ao jornal, O Estado de S.Paulo, a executiva de TI (Tecnologia da Informação) do Bradesco, Walkiria Marchetti, diz que o aumento da velocidade nessas localidades é “absolutamente fundamental” porque permite evoluir na oferta de serviços mais aprimorados. “O Pix, que para a gente já é tão simples, lá nessas localidades demora um pouco mais para cair na conta”, afirma.
A operação da empresa de Musk foi autorizada no Brasil pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no final de janeiro e é válida até março de 2027. Um dos diferenciais que mais chama a atenção de consumidores é a possibilidade de conexão em regiões rurais e isoladas do acesso à internet a cabo.
O acesso à internet pela Starlink é realizado por meio da transmissão de dados de vácuo do espaço, sem necessidade da construção de infraestrutura de cabeamento, como a fibra óptica. O espaço também reduz possíveis “atritos” na velocidade de transmissão dos dados. A operação é possível devido aos múltiplos satélites espalhados em baixa órbita –550 km da Terra–, diferentemente dos satélites em órbita geoestacionária –35.000 km– de outras provedoras.
Essa maior proximidade entre o satélite da Starlink permite uma redução da latência –o “atraso” entre a chegada de uma solicitação online de um ponto a outro. A SpaceX, empresa da qual a Starlink é subsidiária, planeja ter cerca de 4.500 satélites em operação até 2024.
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