Conversas via WhatsApp mostram um diretor de saúde de Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, assediando sexualmente uma funcionária que se diz vítima de chantagem e violência sexual dentro de unidades hospitalares da cidade. O suspeito nega o crime e se diz vítima de perseguição política. As informações são do g1.
Segundo apurado pelo g1, as investidas sexuais começaram antes mesmo da coordenadora de saúde Priscila Lima, de 32 anos, ter começado a trabalhar no município. Logo na primeira conversa, o homem, identificado como Ranulfo Pereira, elogia uma foto que ele havia copiado das redes sociais particulares da própria vítima.
Na imagem, Priscila aparece com um biquíni O superior tirou um print da imagem da rede social e fez elogios. As imagens mostram que Priscila não teria respondido. Cinco minutos depois, o homem pergunta o que deveria fazer para ver os seios de Priscila de perto e, dois minutos mais tarde, pede mais fotos no mesmo estilo.
Em entrevista ao g1, Priscila disse que percebeu que se tratava de uma espécie de jogo sexual e que, em um primeiro momento, acabou participando pois precisava muito do emprego, já que o marido havia morrido recentemente. “Eu estava desesperada. Cedi e tive relações sexuais com ele. A situação era difícil e tenho uma filha para criar”, conta.
A Prefeitura de Pedro de Toledo pediu explicações ao funcionário, que negou os fatos e disse que é vítima de perseguição política. Ele também afirmou que os prints são parciais e colocou seu celular à disposição da polícia. Enquanto as investigações acontecem, a prefeitura decidiu manter o funcionário no trabalho.
Ainda segundo Priscila, o jogo sexual via WhatsApp acabou indo parar dentro do hospital. Em determinado dia, seu superior a levou a uma sala, tirou a calça e exigiu que ela praticasse sexo oral pois essas “seriam as regras da casa”. Ele disse que sempre que quisesse, faria um sinal com a cabeça e eu iria para a sala”, diz.
A jovem explica que, com a situação se tornando insustentável, passou a negar as tentativas com veemência. “Um dia ele voltou de viagem e me chamou. Eu falei que não iria. Ele voltou e me demitiu na frente de todos os funcionários. Eu já pensava em sair por causa da situação, mas ele passou a prejudicar a minha imagem e disse que minhas roupas eram indecentes”, lamenta.
Após a demissão, a profissional compareceu à delegacia e registrou boletim de ocorrência contra o superior. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Peruíbe, que instaurou inquérito policial para apurar os crimes de violação sexual mediante fraude e assédio sexual. A investigação tramita em segredo de Justiça, por se tratar de crime sexual.
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