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Bolsonaro e representantes do WhatsApp fazem reunião para discutir acordo com TSE

Encontro não estava na agenda do presidente, mas começou às 10h e contou com a presença do ministro das Comunicações
REPRODUÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu, nesta quarta-feira (27), com representantes do WhatsApp para discutir o acordo feito pela empresa com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O encontro não constava na agenda pública do chefe do Executivo, mas começou às 10h e contou com a presença do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Neste mês, o aplicativo anunciou uma nova funcionalidade na plataforma. O recurso, chamado de Comunidades, permitirá que os administradores enviem mensagens para diferentes grupos ao mesmo tempo. Mas o lançamento no Brasil só vai ser feito após as eleições de outubro deste ano.

Na prática, a novidade permite disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns. Isso acende um alerta quanto ao envio de informações falsas em ano de eleição, mas a empresa ressaltou que nenhum recurso novo será implementado antes do pleito de 2022.

O acordo foi alvo de críticas por parte de Bolsonaro. Durante motociata em São Paulo (veja vídeo abaixo), o presidente afirmou que a medida é “inadmissível, inaceitável e que não será cumprida”, sem dar explicações.

“E já adianto que isso o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade no Brasil, é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que, porventura, eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento”, disse o presidente.

Novidades no WhatsApp

Após o período eleitoral, o aplicativo vai promover uma série de novidades, além da implementação das Comunidades. Entre elas estão as reações com emojis a mensagens, a exclusão de mensagens em grupos pelo administrador, o aumento da capacidade de envio de arquivos grandes para até 2 gigabytes e chamadas de voz com apenas um toque para até 32 pessoas.

“É importante ressaltar que, como já previamente informado em uma reunião entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, o WhatsApp não implementará nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições”, divulgou a empresa.

 

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