O presidente Jair Bolsonaro (PL) fará na tarde desta segunda-feira (18) o que está chamando de “apresentação técnica” sobre o sistema eletrônico eleitoral do país em encontro com embaixadores estrangeiros em Brasília.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, recusou convite de Bolsonaro. Em ofício enviado ao cerimonial do Planalto, nesta sexta-feira (15), Fachin agradeceu o convite, mas disse que não poderia participar, por conta do seu “dever de imparcialidade”.
A reunião com os representantes estrangeiros, que nem sequer consta na agencia oficial da Presidência, deverá ser mais uma forma de o presidente repetir mentiras, teorias conspiratórias e ameaças sobre o sistema e as urnas eletrônicas.
Bolsonaro nunca apresentou provas ou indícios sobre as urnas, mas repete o discurso golpista como uma forma de esconder os problemas de seu governo, a alta reprovação e as recentes pesquisas que o colocam distante do líder, o ex-presidente Lula (PT).
Por meio de uma profusão de mentiras, Bolsonaro vem fomentando a descrença nas urnas. No entanto, ao invés de ser barrado por aqueles ao seu redor, o mandatário tem contado com o respaldo de militares, membros do alto escalão do governo e seu partido em sua cruzada contra a Justiça Eleitoral.
As Forças Armadas têm repetido o discurso de Bolsonaro. Em ofício recente, solicitaram ao TSE todos os arquivos das eleições de 2014 e 2018, justamente os anos que fazem parte da retórica de fraude do presidente.

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