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Bolsa Família ajuda bancos a oferecerem melhores serviços financeiros

Por meio de soluções baseadas em Inteligência Artificial, as autarquias têm acesso a informações relevantes que ajudam a trazer mais pessoas ao mercado de crédito, promovendo também a inclusão financeira no Brasil
Divulgação

Com mais de 20 milhões de famílias contempladas nos mais de 5 mil municípios brasileiros, o Bolsa Família é um dos mais populares programas de transferência de renda no país, com um investimento de cerca de R$ 14,14 bilhões por parte do Governo Federal. Além de ajudar os cidadãos a ter uma vida mais digna, a iniciativa auxilia os bancos a oferecerem serviços mais assertivos a potenciais clientes, promovendo também a inclusão financeira  no Brasil.

De acordo com Igor Castroviejo, country manager da 1datapipe, provedora de soluções de consumer insights baseada em IA, por meio de informações retiradas do programa, as autarquias conseguem estabelecer uma base de dados mais robusta, principalmente em casos de concessão de créditos e empréstimos. “Com a utilização de ferramentas de análise de dados combinadas com Inteligência Artificial, os bancos estão sendo capazes de ter uma fonte alternativa de informações dos potenciais clientes. Assim, eles podem segmentar beneficiários, identificar padrões de comportamento e descobrir oportunidades para desenvolver produtos e serviços financeiros que atendam às necessidades individuais”, explica.

Segundo um levantamento realizado pela Deloitte, 96% dos bancos já possuem tecnologias de Inteligência Artificial. Um dado da Cinnecta, companhia pertencente ao grupo Matera, mostra que essa tecnologia já é utilizada por cerca de 50% das instituições financeiras brasileiras para análise e concessão de crédito. “Ao coletar dados do Bolsa Família, é possível cruzá-los com bancos de dados internos e externos para enriquecer as análises. Desse modo, a integração otimiza processos e reduz o ciclo de desenvolvimento de novas funcionalidades voltadas para clientes de baixa renda, por exemplo”, explica Igor Castroviejo.

Contudo, vale lembrar que, no Brasil, 1 a cada 3 brasileiros não se sente incluído financeiramente, de acordo com estudo realizado pelo Mercado Pago em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). Desse montante, 73% afirma que a falta de acesso ao crédito é o que mais dá essa percepção. “Isso acontece porque as instituições, em sua maioria, ainda se fiam em dados ultrapassados dos bureaus de crédito, que deixam de englobar muitos aspectos da vida dos potenciais clientes. Dessa forma, é muito comum um cidadão ter um empréstimo recusado mesmo sendo apto, já que as autarquias não conseguem acessar informações relevantes sobre ele”, afirma Igor Castroviejo.

Por meio do acesso a dados do Bolsa Família por parte das autarquias, há o impulsionamento de economias locais, fortalecendo o fluxo de recursos em comunidades distantes dos centros urbanos. “Isso aproxima as instituições financeiras de um público carente, incentivando a criação de produtos focados nas reais necessidades. Além disso, a medida reduz desigualdades ao ampliar o acesso ao crédito, métodos de pagamento eletrônicos e produtos bancários mais simples e de baixo custo”, finaliza Igor.

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