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Berg da UGT acusou Wilsom Lima de ‘bater’ nos rodoviários

Outro detalhe que chamou a atenção no primeiro debate entre candidatos ao governo do Amazonas foi que não houve perguntas sobre as operações Maus Caminhos e Lava Jato.

Da redação

Uma pergunta feita por Berg da UGT (Psol) salvou do fracasso total o debate entre candidatos ao governo do Amazonas: ele quis saber o motivo que levou o candidato Wilsom Lima (PSC) a sempre criticar as greves dos rodoviários em Manaus em um programa de TV de Manaus, sempre se colocando a favor da Prefeitura e dos empresários. Lima tentou se livrar, dizendo que não havia feito críticas. De acordo com Berg, Wilsom Lima ‘bate’ nos trabalhadores e fica a favor dos empresários do sistema”.

Wilsom Lima, por várias vezes, no programa, fez críticas aos rodoviários e, principalmente, à direção do sindicato, sempre se colocando, indicretamente, “a favor da população prejudicada”. Mas, ao final das contas, segundo entendimentos dos motoristas e cobradores, defendendo a Prefeitura de Manaus e o Sindicatos da Empresas de Transporte do Amazonas (Sinetram), culpados pela falta de reajuste e de atrasos no pagamento de salários que levaram a dezenas de paralisações no sistema ao longo dos últimos anos.

Outro detalhe que chamou a atenção no primeiro debate entre candidatos ao governo do Amazonas foi que não houve perguntas sobre as operações Maus Caminhos e Lava Jato, que não interessam ao candidato Omar Aziz. Também não houve perguntas sobre os escândalos do contrato de R$ 5 bilhões a Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) e do superfaturamento em contrato de cirurgias no governo interino de David Almeida. E, por último, não houve perguntas a Wilsom Lima sobre as acusações de que é um candidato que vai representar os interesses do mega-grupo empresarial da Rede Calderaro de Comunicação, com vários interesses no governo.

Outro assunto que ficou fora do debate – como se houvesse um acordo entre os candidatos – foi a ligação que, até bem pouco tempo, havia entre eles. Omar, David e Wilsom estiveram no mesmo palanque do candidato derrotado à Prefeitura de Manaus Marcelo Ramos. E David e Omar, com o silêncio de Wilson, foram os principais apoiadores da campanha da eleição e do governo do ex-governador José Melo, cassado por compra de votos e preso na Operação Maus Caminhos, que desbaratou um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da saúde pública do Estado.

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