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Bancos discordam de teto do consignado

Principal motivo de discordância sobre a taxa de juros é o custo de operação do serviço
Foto: Divulgação/Febraban

A aprovação do teto de juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS em 1,97% ao mês gerou desconforto para o setor bancário. As instituições financeiras não concordaram com a decisão, mesmo sendo responsável pela concessão dos empréstimos.

A Federação Nacional dos Bancos (Febraban), que representa as maiores instituições financeiras do país, informou que é contrária à proposta apresentada pelo governo. A Febraban participou da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

Segundo a federação, o principal motivo de discordância sobre a taxa de juros é o custo. O limite de 1,97% para o consignado está “ainda abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito”.

No entanto, os bancos decidiram não participar da votação do CNPS. A Febraban reconheceu que a proposta apresentada hoje é um avanço em relação ao teto proposto anteriormente pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (1,70%).

Depois da mais recente proposta do governo, os bancos congelaram a concessão de consignado para beneficiários do INSS. As instituições financeiras alegam que o teto não cobria as despesas de captação e os riscos da modalidade. A partir de agora, caberá a cada banco avaliar se continua ou não concedendo os recursos para essa modalidade de empréstimo.

Os bancos têm duas opções: ou atendem ao limite de 1,97% ao mês, ou deixam de ofertar o produto. Já o porcentual-limite para a modalidade via cartão de crédito será de 2,89%.

Teto do consignado aprovado

Mais cedo, o CNPS aprovou, na 4ª Reunião Extraordinária, a decisão de Lula de fixar em 1,97% o teto do juro do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS.

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