O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia à Justiça contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, e outros dois ex-dirigentes da equipe, além de empresários, pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. A informação foi publicada pelo ge.globo na noite desta quinta-feira, 10 de julho.
O presidente Augusto Melo, os ex-dirigentes Marcelo Mariano e Sérgio Moura e o empresário Alex Cassundé foram denunciados pelo MP por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto, enquanto Victor Henrique de Shimada e Ulisses de Souza Jorge foram denunciados de lavagem de dinheiro.
O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia à Justiça contra o presidente afastado do Corinthians e outras cinco pessoas após investigação da Polícia Civil e do próprio MP-SP. As partes investigadoras apuram desde o ano passado possíveis irregularidades no contrato de patrocínio entre o Timão e a casa de apostas “Vai De Bet”.
Os promotores solicitam que os acusados paguem R$ 40 milhões de indenização ao Corinthians e, além disso, pedem à Justiça o bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas denunciadas nessa investigação.
O MP-SP diz que “está muito claro os caminhos tortuosos e ilegais que o dinheiro percorreu a partir do momento em que saiu dos cofres corintianos” para o pagamento da comissão pela suposta intermediação contratual entre o time e a casa de apostas. A denúncia cita ainda que um montante de mais de R$ 1 milhão passou por empresas fantasmas e que foi usado para diversas formas de lavagem de capitais:
“Passou por empresas manifestamente fantasmas e, tudo indica, recebedoras ‘em trânsito’ de valores escusos provenientes de estruturas criminosas e de empresas, notadamente, utilizada para as mais diversas formas de lavagem de capitais”, diz trecho da denúncia.
Diante da ação do MP-SP, um juiz vai decidir se acata ou não a denúncia. A partir daí, se houver um sinal positivo para a acusação, Augusto Melo, os ex-dirigentes e os empresários vão se tornar réus, abrindo o início de um processo criminal com audiências, depoimentos, produção de provas e, por fim, a decisão do juiz.
Vale notar que o ex-diretor jurídico Yun Ki Lee, mesmo com o indiciamento da Polícia, não foi denunciado pelo MP. A alegação é que existem dúvidas “se ele se omitiu dolosamente para a consecução dos objetivos da associação delitiva ou se agiu com descuidado na sua recente função”.
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