Matéria publicada pelo Estadão nesta segunda-feira, 10, traz a informação de que a candidata a vice-governadora nas eleições de 2022, Anne Moura (PT), afirmou que comitês de cultura criados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, foram usados para eleger aliados em 2024.
Nos áudios, Anne Moura teria dito que, com o aval da cúpula da pasta e que “quem foi para a frente da prisão” precisa ter atendimento diferenciado na hora da “parte boa”.
Uma das principais iniciativas da pasta e foi anunciada por Lula ainda na pré-campanha de 2022, o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) foi criado em setembro de 2023, e vai custar R$ 58,8 milhões até o final deste ano com ações de mobilização, apoio e formação de artistas.
Em gravação feita por ex-aliado, Anne Moura exige que comitê de cultura do Amazonas privilegie ‘artistas parceiros combinados na política’ e afirma que cúpula do Ministério da Cultura autorizou PNCC em ‘ajuda’ a campanhas eleitorais de 2024.
Ministério afirma que conversa citada por dirigente petista nunca ocorreu e que vai adotar providências jurídicas; Anne Moura afirma que diálogo pode ter sido retirado de contexto.
Leia a nota na íntegra:
Venho a público esclarecer declarações distorcidas com a única finalidade de macular a minha imagem perante a opinião pública, desmerecendo minha vida pública voltada às causas sociais e luta por dias melhores para a população brasileira, em especial a do Amazonas, estado onde nasci e onde atuo intensamente em causas direcionadas para grupos prioritários.
O IAJA é uma instituição, que há mais de 10 anos, executa inúmeros projetos sem nunca terem sido apontada conduta ou prestação de contas irregulares. Esse histórico de ações contínuas e eficientes a credenciou para concorrer ao edital dos Comitês de Cultura.
Os Comitês de Cultura têm desempenhado um papel importante na qualificação, na divulgação e no apoio à projetos de trabalhadores
Desconheço, a transcrição de gravação onde supostamente converso com o ex-presidente do IAJA. Reuni com este senhor, mas nunca no sentido de interferir na condução administrativa do Comitê de Cultura.
1) Muitas pessoas colaboraram para a construção da política pública que resultou na criação dos Comitês. No caso do Amazonas, artistas comprometidos com o acesso democrático da população às atividades e bens culturais. Estes atores, independentemente de preferência política ou partidária, deveriam, a nosso ver, ter protagonismo nas atividades do Comitê. Isso foi exposto e não imposto como foi ventilado pelo ex-dirigente;
2) O ex-presidente tratou o projeto de forma personalista e inconsequente, tomando decisões sem consultar os demais membros do IAJA e do próprio Comitê de Cultura, não se reportou ao Conselho Fiscal, sendo por isso questionado pelos associados e por mim, particularmente, sem que em nenhum momento tenha reivindicado qualquer tipo de benefício pessoal e muito menos ilegal;
3) Esse tipo de comportamento foi apenas um dos motivos que levaram o ex-presidente a ser destituído do cargo, além de não ter prestado contas ao Conselho Fiscal e ter acumulado denúncias de assédio moral a membros associados e colaboradores de projetos, fatos registrados em boletins de ocorrência e em procedimento interno que resultou em sua exclusão.
Tenho mais de 20 anos dedicados à luta do povo e nunca estive ligada a prática de nenhuma ilicitude. Adotarei os caminhos legais para comprovar a lisura de meus atos e de cobrar a punição para pessoas que estão descompromissadas com a verdade e focadas apenas em projetos pessoais de poder
Com infirmações do Estadão

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