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Apesar de críticas de Moro, Podemos mantém base bolsonarista na Câmara

Mesmo com as críticas do ex-ministro e ex-juiz às emendas de relator, deputados da legenda têm se beneficiado dos recursos, o que causa um conflito interno na legenda, em especial com os deputados evangélicos.
Lucio Tavora/Xinhua

Receosos de que as críticas do pré-candidato à Presidência Sergio Moro e de lideranças do Podemos acabem diminuindo a liberação de recursos do chamado orçamento secreto, deputados federais do partido já comunicaram ao governo que continuarão votando a favor das pautas do Palácio do Planalto.

A reportagem apurou que ao menos 5 dos 11 parlamentares que o partido tem na Câmara devem seguir apoiando as pautas do presidente Jair Bolsonaro (PL), independentemente da posição de Moro ou do próprio Podemos.

Mesmo com as críticas do ex-ministro e ex-juiz às emendas de relator, deputados da legenda têm se beneficiado dos recursos, o que causa um conflito interno na legenda, em especial com os deputados evangélicos.

De perfil conservador, a atual bancada do Podemos na Câmara tem forte ligação com igrejas protestantes — uma das bases de sustentação do governo. Quatro dos 11 parlamentares da legenda são evangélicos .

Deputados e senadores

Um deputado da sigla, que falou com o UOL sob a condição de anonimato, afirmou que a bancada se preocupa com as críticas de Moro ao Planalto e negou que haverá uma ruptura com a gestão Bolsonaro.

A proximidade dos deputados com o governo também já os distanciou dos senadores do Podemos, que, por não dependerem tanto de recursos de emendas, lideram o movimento de afastamento do Planalto.

Procurado, o partido afirmou que é “independente” e que “vota de acordo com as causas que julga relevantes para o país”.

Conhecendo a bancada

A presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), vem promovendo almoços em sua casa para tentar aproximar Moro dos parlamentares. Sempre em duplas, os deputados se apresentam e ouvem as propostas eleitorais do ex-juiz da Lava Jato.

Alguns deles, porém, afirmaram ter saído decepcionados das reuniões. Segundo disseram à reportagem, o ex-ministro não tem dado abertura para ouvir as reivindicações de cada parlamentar.

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