O mais recente boletim da Fiocruz InfoGripe, divulgado em 3 de julho de 2025, aponta que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em níveis elevados entre jovens, adultos e idosos em todo o Brasil, sobretudo em decorrência da influenza A. Contudo, o Amazonas figura entre os estados que registram tendência de queda nas hospitalizações por influenza A, ao lado de unidades da Federação como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Situação no Amazonas
Dados locais recentes do Amazonas destacam uma melhora relevante na situação epidemiológica:
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De 1º de janeiro a 21 de junho de 2025, os casos de SRAG associados a vírus respiratórios no estado somaram 685, marcando uma queda de 36,9% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram 1.085 registros.
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O número de óbitos por SRAG por vírus respiratórios nesse período totalizou 42, também em queda – embora o boletim específico não detalhe a comparação percentual, confirma uma redução da mortalidade.
O boletim da FVS-RCP/SES‑AM reforça que o perfil etário mais afetado inclui bebês e idosos. Nos laboratórios do Lacen-AM, os vírus identificados com mais frequência foram o rinovírus (50,8%), seguido por influenza A (36%), VSR (8,9%), influenza B (6,4%) e adenovírus (5,9%) nas amostras analisadas entre 19 de maio e 7 de junho.
Comparativo com Status Nacional
Apesar do recuo no Amazonas, a influenza A continua com papel de destaque nas hospitalizações e mortes por SRAG a nível nacional. Nos últimos 30 dias:
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Influenza A correspondeu a 33,4% das SRAG notificadas e a assombrosa fatia de 74,1% dos óbitos por SRAG.
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Os outros vírus associados foram: VSR (47,7% das hospitalizações), rinovírus (20,6%) e Sars‑CoV‑2 (1,8%) .
Estados como Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima ainda exibem crescimento nos registros de SRAG.
Estratégias de resposta no Amazonas
A FVS-RCP e a SES‑AM informam que o estado possui uma rede de vigilância e atendimento composta por 17 unidades hospitalares de referência. Entre as principais ações estão:
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Triagem de sintomas respiratórios, testes rápidos para Covid‑19 e identificação laboratorial de outros vírus;
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Exames de imagem e tratamento conforme o quadro clínico, desde casos leves até internações;
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Programa “Alta Oportuna” para crianças: kits com medicação e orientações após alta hospitalar, reduzindo o retorno ao pronto‑socorro.
Prevenção: orientação consistente
As autoridades reforçam medidas básicas para conter a circulação de vírus respiratórios:
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Higiene constante das mãos, etiqueta respiratória e uso de máscaras, especialmente entre sintomáticos, portadores de comorbidades, idosos, profissionais de saúde e cuidadores de pequenos.
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Vacinação disponível e recomendada contra influenza e Covid‑19 em toda a rede pública .
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Evitar ambientes fechados e aglomerações, especialmente para proteger grupos de risco.
Conclusão
Embora a SRAG por influenza A continue em patamar elevado no Brasil, é justamente no Amazonas — destacando-se regionalmente — que se registra queda significativa nos casos e mortes associadas a vírus respiratórios. A adoção de testagem, cuidados clínicos eficientes e vacinação tem reforçado a rede de proteção à saúde na região, posicionando o estado como exemplo de resposta diante do cenário nacional ainda preocupante.








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